"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

CARTEL FEZ "SORTEIO" PARA DECIDIR QUEM FARIA OBRA NA COMPERJ



 
O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, confirmou a informação de delatores de que um conjunto de empreiteiras agia como um cartel em obras da Petrobras para evitar preços excessivamente baixos.
 
Segundo o executivo em sua delação premiada, “quem capitaneava a organização [do cartel] e tinha maior influência nas decisões devido ao seu porte era a empresa Odebrecht”.
Maior empreiteira brasileira, a Odebrecht já refutou tanto a prática de cartel quanto as acusação de irregularidades em contratos com a Petrobras.
 
Outros delatores apontaram o empresário Ricardo Pessoa, da UTC, como líder do cartel. Preso, Pessoa é um dos investigados.
 
AS SEIS GRANDES
 
Avancini cita seis empresas como as mais influentes no cartel, grupo conhecido como G6: Odebrecht, Camargo Corrêa, UTC, OAS, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.
Havia, contudo, empresas menores que tinham participação permanente, disse ele. Nesse segundo grupo seria comporto por Mendes Junior, Toyo, Techint e Engevix.
 
Os delatores da Camargo Corrêa, Avancini e Eduardo Leite, afirmam que o cartel não implicava em valores superfaturados das obras.
 
Leite, vice-presidente, disse que o suborno, de 1% a 2% do valor do contrato, era considerado custo e se “tornava insignificante” em contrato de R$ 1 bilhão.
 
E AINDA NEGAM O CARTEL…
Na obra do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), disse, a distribuição de parte das obras era feita por sorteio, vencido por Odebrecht e Mendes Junior.
 
Em diferentes ocasiões, as empresas citadas negaram participar de cartel.
Por meio de uma nota, a Andrade Gutierrez repudiou “tal ilação” e afirmou que “não tem ou teve qualquer envolvimento com os fatos relacionados com as investigações em curso”. Ressaltou também que não há prova sobre a participação da empresa em cartel.

22 de abril de 2015
Deu na Folha

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