Assinada pelo brigadeiro Ary Soares Mesquita, chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, a FAB emitiu nota oficial em que confirma as afirmações do ministro da AGU, Fábio Medina Osório, e desmente de forma categórica as especulações de uma “carteirada”, conforme equivocadamente noticiou o jornalista Jorge Bastos Moreno, em O Globo, com base em informações de fonte do próprio Planalto. Eis a nota oficial da Aeronáutica:
Com relação às recentes informações levantadas pelos meios de comunicação acerca do transporte do Exmo. Sr. Advogado-Geral da União, Fábio Medina Osório, para a cidade de Curitiba (PR), no dia 01 de junho de 2016, a Força Aérea Brasileira (FAB) esclarece que o atendimento seguiu todos os procedimentos formais e legais, tendo o voo transcorrido sem qualquer tipo de anormalidade.
Reforça que tal atendimento seguiu as orientações contidas nos decretos presidenciais nº 4.244, de 22 de maio de 2002; nº 8.432, de 9 de abril de 2015, que estabelecem as regras e prioridades para o transporte de autoridades do 1º escalão do governo federal.
O translado para Curitiba foi solicitado na manhã do dia 01 de junho e a FAB contava com aeronave disponível no horário solicitado, o que possibilitou que a missão se concretizasse, tendo ocorrido sem nenhuma interferência de órgãos externos para o seu cumprimento.
Todos os dados deste voo estão disponíveis no site da Força Aérea, e podem ser acessados em www.fab.mil.br, no item registro de voos.”
TEMER NÃO OUVIU A AGU
A ocorrência de uma trama, montada nos bastidores do governo para demitir o ministro Medina Osório, fica ainda mais evidente com a informação de que o presidente Michel Temer não consultou a Advocacia-Geral da União ao decidir pela demissão do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, nomeado por Dilma Rousseff às vésperas de seu afastamento.
Temer preferiu consultar a Subchefia Jurídica da Casa Civil, comandada por Gustavo do Vale Rocha, e agora o governo tenta atribuir a derrota no Supremo a uma suposta “omissão” de Medina Osório, conforme a nota publicada por Jorge Bastos Moreno e reproduzida por toda a mídia, denegrindo a imagem do ministro da AGU, considerado o maior especialista do país em leis contra corrupção e improbidade administrativa, que viajou a Curitiba para fazer palestra em defesa da Lava Jato num evento da Associação dos Juízes Federais do Brasil, e sua atuação na AGU foi enaltecida em discurso do juiz Sergio Moro.
Quanto a Gustavo Rocha, conforme já informamos aqui na Tribuna da Internet, era advogado do PMDB em Brasília e chegou à Subchefia Jurídica da Casa Civil com apoio dos caciques do partido, como Renan Calheiros, Romero Jucá, Jáder Barbalho, Edison Lobão e, especialmente, Eduardo Cunha, de quem era advogado particular. Rocha está acumulando ilegalmente a Subchefia Jurídica do Planalto, as funções de Conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público e a atividade de advogado, em afronta direta à legislação, comprometendo a imagem da Casa Civil e da Presidência da República.Portanto, não é preciso dizer mais nada a respeito do currículo dele.
05 de junho de 2016
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