A suposta demissão do advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, anunciada em O Globo pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, com base em informação falsa fornecida pelo próprio Palácio do Planalto, acabou se transformando numa impressionante manifestação de solidariedade ao renomado jurista gaúcho, considerado o maior especialista do país em leis sobre corrupção e improbidade administrativa.
Até o momento, já demonstraram total apoio a Medina Osório a Associação Nacional dos Advogados da União (ANAUNI), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), o Movimento de Defesa da Advocacia (MDA) e o Movimento dos Advogados Públicos Aposentados (MAPA).
Em nota oficial, o MDA recebeu com “perplexidade e indignação” os ataques internos ao advogado-geral da União. “Essas notícias e boatos parecem querer desmoralizar um governo que acaba de se iniciar com a difícil missão de passar o Brasil a limpo.”
Já o MAPA disse ser “indesejada, inaceitável e sem sentido prático ou governamental” a ofensiva de setores do Planalto contra Medina Osório.
JUÍZES FEDERAIS
Por sua vez, a AJUFE assinala que “desde que assumiu o cargo, vem prestando apoio institucional ao trabalho desenvolvido pelos órgãos da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal no combate à corrupção e improbidade administrativa, acrescentando que “o Advogado-geral da União também tem procurado valorizar os resultados alcançados pela Operação Lava-Jato e adota medidas para o ajuizamento de ações judiciais contra aqueles responsáveis pelos desvios de recursos públicos”.
E a nota oficial da ANAUNI revela que “pela primeira vez desde a deflagração da Operação Lava-Jato, a AGU vem tendo espaço mínimo para uma atuação efetiva na defesa do patrimônio público e para a recuperação dos valores desviados do contribuinte”.
“Qualquer tentativa de desmoralizar publicamente um membro da Advocacia-Geral da União com a finalidade de comprometer o adequado desempenho de seu mister institucional de defender o erário, isto é, de defender os valores titularizados pelo cidadão e pelo contribuinte, consistirá num atentado à própria instituição, e, portanto, à República”, diz a Associação Nacional dos Advogados da União, desmentindo as especulações de que atuação de Medina Osório sofria críticas de integrantes da própria AGU.
05 de junho de 2016
Carlos Newton
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