Estou antevendo sérios problemas institucionais no julgamento do Senado. Vamos imaginar que uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski desagrade aos apoiadores do impeachment, ou mesmo vice-versa, desagrade aos defensores da volta de Dilma ao poder. Cabe recurso ou não? Quanto tempo isso levaria para ser apreciado pelos outros membros do Supremo?
Essa indefinição já começa a ganhar contornos meio dramáticos, a insegurança jurídica vai aumentando a cada dia, não se sabe quem estará na presidência do país a partir de agosto/setembro. A simples hipótese da volta da madame louca pode levar a economia do país de volta ao caos, agora que começa um pálido início de recuperação. E a partir de setembro o todo poderoso terá que ser outro ministro, melhor dizendo outra, a ministra Cármen Lúcia.
De qualquer forma, Dilma não deve voltar. Os senadores precisam ter coragem insana para mudar o voto e evitar o impeachment, principalmente se o(s) voto(s) forem decisivos para a volta de Dilma ao poder!
O país ficará definitivamente ingovernável, e com certeza ela não chegará até 2018, pois o TSE virá com tudo para cassar seu mandato.
CONSTITUIÇÃO CONTRADITÓRIA
Olha só aonde nos leva a Constituição de 1988, contraditória desde suas origens, pois é de natureza parlamentarista e irresponsavelmente os constituintes no final optaram pelo presidencialismo. Pois está nos levando a um caos institucional.
Sendo resolvida essa absurda situação do impeachment, urge uma reforma política, que defina de vez o regime de governo e sistema eleitoral. Ou se define pelo que tem que ser, parlamentarismo e voto distrital, ou por um presidencialismo que para funcionar tem que ser quase autoritário, ser governado por um ser iluminado perfeito, com capacidade política, administrativa, jurídica e até mesmo sobrenatural!
E mesmo assim, nesse caso vai poder ficar no máximo 8 anos e terá que escolher um substituto(a) à altura, igual ao Lula, que escolheu seu poste e, segundo dizem, está profundamente arrependido.,
05 de junho de 2016
Willy Sandoval
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