No Congresso Nacional, os custos somente para a manutenção dos salários e benefícios pagos aos deputados federais e senadores já passam de R$ 1 bilhão por ano, segundo levantamento feito pelo site Congresso em Foco, que acompanha a atuação dos parlamentares.
Em média, somente com salário e benefícios, cada deputado federal custa R$ 1,8 milhão por ano, e cada senador, R$ 2 milhões. Durante o recesso parlamentar “branco”, que começou em meados de julho e vai até as eleições de outubro, serão gastos R$ 228 milhões, segundo o mesmo site.
O orçamento total da Câmara de Deputados previsto para este ano é de R$ 4,89 bilhões, e o do Senado, R$ 3,78 bilhões. Assim as duas casas têm um orçamento de R$ 8,67 bilhões, de acordo com os dados oficiais publicados no site Transparência Brasil. Portanto, somente os salários e outros ganhos dos deputados devem consumir 12,91% do orçamento total do Congresso neste ano.
O SEGUNDO MAIS CARO DO MUNDO
Esse alto custo com salários e outros ganhos é um dos fatores que contribuem para que o congressista brasileiro seja o segundo mais caro do mundo em um universo de 110 países. Foi o que apontou estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com o último levantamento realizado em 2012, cada um dos 594 parlamentares do Brasil – 513 deputados e 81 senadores – tem um custo total para os cofres públicos de US$ 7,4 milhões (R$ 16,72 milhões) por ano. Neste cálculo estão incluídos todos os gastos dos parlamentares e não apenas os salários. A conta é feita dividindo o orçamento total do Congresso pelo número de parlamentares.
No caso do Brasil, foi considerado um orçamento total de U$ 4,4 bilhões ou R$ 9,93 bilhões em valores atualizados. O custo brasileiro só é menor do que o do congressista dos Estados Unidos, que é de US$ 9,6 milhões anuais (R$ 21,7 milhões).
No caso do Brasil, foi considerado um orçamento total de U$ 4,4 bilhões ou R$ 9,93 bilhões em valores atualizados. O custo brasileiro só é menor do que o do congressista dos Estados Unidos, que é de US$ 9,6 milhões anuais (R$ 21,7 milhões).
O cientista político e professor da UFMG Carlos Ranulfo destaca a importância do Legislativo, enquanto espaço para oposição. “A oposição é fundamental para o estado democrático. Os Legislativos estaduais sofrem maior pressão do Executivo, mas a atuação do Senado, por exemplo, foi fundamental nos últimos anos”. Sobre o alto custo do Legislativo, Ranulfo afirmou que o Brasil tem dimensões continentais, e a logística para exercer um mandato é muito complicada.
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