“É natural que um grupo de trabalho realize o que a gente chama de prévia, que junte materiais e dados e sente com os que vão depor para fazer uma espécie de treino, e isso foi feito”, alegou Pinheiro, em entrevista a uma rádio baiana.
“Estão fazendo um circo – aliás, circo, não, porque circo é da arte. O que está acontecendo é que, como não houve aquele espetáculo que muita gente esperava da CPI, ficam gerando fatos. Quem é que não se prepara previamente para um interrogatório? É natural.”
Pinheiro ainda questionou o papel da oposição durante os interrogatórios da CPI no Senado. “Será que os senadores e deputados de oposição participaram dos treinamentos (dos depoentes)? Eles entregaram antes as perguntas que iam fazer?”, argumentou. “Claro que não, eles chegaram na hora e perguntaram.”
DOCUMENTO SECRETO
O senador, porém, relevou que, caso algum documento considerado secreto tenha sido vazado do Congresso, a questão precisa ser investigada. “Se um parlamentar tem acesso a um documento desse tipo, na chamada ‘sala secreta’, ele lê o documento, mas não pode retirar nem cópia dele”, explicou. “Se houve um vazamento desse tipo de documento, é preciso que seja apurado. Aí, efetivamente, deve ser punido o culpado.”
E o secretário de Planejamento da Bahia, Sergio Gabrielli, segue sem comentar as denúncias sobre a Petrobras. Segundo sua assessoria de imprensa, o ex-presidente da estatal diz que só vai ser pronunciar sobre o tema “nos autos”.
Tiago Décimo
O Estado de S. Paulo
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