"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de agosto de 2014

OBSERVAÇÕES PERTINENTES, ÚTEIS A UMA REFLEXÃO

Marina enfrenta resistências, e Aécio tenta conquistar São Paulo e Rio

A SÚBITA NOTORIEDADE ELEITORAL, PROVOCA SORRISOS AMIGÁVEIS
E HIPÓCRITAS.
ASSIM É O JOGO POLÍTICO.
 
Enquanto o ex-presidente Lula critica duramente “certa imprensa”; enquanto defende, em sua primeira participação no horário eleitoral gratuito, uma vez mais, a censura à imprensa, mas com o nome de “controle da mídia”; enquanto ameaça, referindo-se a Dilma Rousseff, que “eles não sabem o que seremos capazes de fazer para reelegê-la”, a candidata Marina Silva, “hospedeira” do PSB, enfrenta no partido grave crise horas depois da transformação do falecido Eduardo Campos em simples cabo eleitoral do seu grupo, nas eleições de outubro próximo.
 
A comoção provocada pelo peso político de um morto, em qualquer parte deste controvertido mundo, pode produzir resultados eleitorais inimagináveis. Entre nós, na América Latina, isso aconteceu com Evita Perón, morta em 1952, cujo corpo foi exposto num enorme mausoléu. A morte de Lênin, em 1924, foi definida assim pelo grande poeta Maiakovski: “Mesmo agora, Lênin está mais vivo do que os vivos”.
 
A comoção provocada pela trágica morte de Eduardo Campos, que tinha, com certeza, próspera carreira política a sua frente, poderá não ter tanto peso na candidatura de Marina Silva à Presidência da República, como não está tendo na do seu (dele) candidato ao governo de Pernambuco. A sua ausência pode torná-lo vivo mais um pouco, mas talvez para lembrar à ex-senadora que, na sua aliança com Campos, era ele quem exercia o papel de algodão entre vidros…

30 de agosto de 2014
Acílio Lara Resende 

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