"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de agosto de 2014

AFINAL, O QUE SIGNIFICA RECESSÃO TÉCNICA?

Ora, é apenas uma maneira educada de dizer que a economia vai muito mal   
       


Segundo notícias de nossos principais órgãos de imprensa, o Produto Interno Bruto do Brasil sofreu variação negativa de 0,6% no segundo trimestre de 2014, comparado ao resultado dos três meses imediatamente anteriores, anunciou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a queda foi ainda maior: – 0,9%.

A produção de bens e serviços da economia brasileira também mostrou-se negativa no primeiro trimestre de 2014, em 0,2% e a produção industrial recuou 1,5.

Nesta nova versão das Contas Nacionais, foram revistos os dados do primeiro trimestre deste ano: a alta de 0,2%, anunciada em maio, foi corrigida para recuo de 0,2% ante o último trimestre de 2013. Foi revisado para baixo também o terceiro trimestre de 2013, da queda de 0,3% para 0,6%.
Tal resultado e o do último trimestre só não foram inferiores ao do primeiro trimestre de 2009, quando a atividade econômica regrediu 1,7%.

Entre as três atividades econômicas que integram o PIB, a indústria teve o pior desempenho no segundo trimestre: redução de 1,5%, a quarta queda seguida do setor. O segmento de serviços recuou 0,5%. A produção da agropecuária subiu 0,2%. Pela ótica do consumo, o das famílias cresceu 0,3% e o do governo caiu 0,7%.

POUPANÇA

O País chegou ao meio do ano com uma taxa de poupança de 14,1%, quase a mesma do segundo trimestre de 2001, quando o índice ficou em 14,0% do PIB. Esse fator está diretamente ligado à capacidade de investimento do país, por representar o que sobra de dinheiro parado na economia quando excluímos o consumo das famílias e os gastos do governo. A taxa de investimento até junho foi de 16,5%. Está próxima dos 16,4% do PIB apresentados em período equivalente em 2006.

No segundo trimestre do ano, a chamada Formação Bruta de Capital Fixo, que é representada pela taxa de investimento, caiu 5,3% sobre os primeiros três meses do ano.
Comparada ao mesmo período do ano passado, despencou 11,2%. Esse item é o estoque de bens duráveis, como máquinas e equipamentos e investimentos em infraestrutura, destinados a aumentar a produção.

RECESSÃO

Ficou demonstrada a recessão técnica da atividade econômica brasileira. Embora essa tese não seja unânime, pois o próprio IBGE não endossa a ideia. Mas, segundo os compêndios de Economia, a recessão técnica acontece quando, por duas vezes seguidas, a soma trimestral da produção de riquezas de um país é menor que a obtida anteriormente. A maioria dos economistas e analistas de mercado do mundo consideram agora que o PIB do Brasil entrou em processo de redução.

A última vez que isso aconteceu foi no auge da crise financeira mundial, entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009 – mostra a base de dados do IBGE. As turbulências da economia internacional eram incomparavelmente mais severas que as atuais – ainda que, até hoje, a economia mundial não tenha recuperado totalmente a prosperidade de antes.

Com esse sofrível resultado, o Governo retoma, no seu último ano de mandato, o cenário econômico semelhante ao do primeiro semestre de Lula da Silva na Presidência. Mas a variação negativa do PIB no primeiro semestre de 2003, por outro lado, viria a ser revertida para uma taxa anual média de crescimento de 4,0%, conquistada entre 2003 e 2010 – bem acima do ritmo de expansão média de 2,3% por ano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002.

Segundo o Banco Central,o mercado aposta neste ano, num crescimento de 0,7% do PIB. Caso isso se confirme, a média de crescimento do Governo será de 1,7%. Na próxima segunda-feira, nova consulta a analistas e consultorias será divulgada. Já por 13 vezes consecutivas a expectativa do mercado piorou.

30 de agosto de 2014

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