Sou cidadão, pago impostos e tenho o direito à manifestação, e mantenho acesa a esperança de que um dia ainda vou ver e ouvir um candidato assumir compromisso com prazo marcado, assim:
“Prometo acabar com o Imposto de Renda de quem vive de salário, já que salário não é renda, e aumentar com isso, um pouco, o desconto para a Previdência. Assino aqui e agora o compromisso de fazer isso nos seis primeiros meses do meu governo e, se não fizer, de renunciar ao mandato”.
Esse candidato continuaria, nesse tom afirmativo, a revelar seu programa, em alguns casos assumindo o compromisso; em outros, dizendo da disposição de fazer, a não ser que os adversários no Congresso Nacional não permitam e, nesse caso, que assumam as consequências dos seus atos: “Mandarei para o Congresso mensagem de emenda constitucional acabando com o instituto da reeleição para os cargos executivos e fixando esses mandatos em cinco anos”.
OUTROS COMPROMISSOS
“Sou e serei sempre a favor do Estado mínimo e pretendo estudar a situação das grandes empresas nacionais, começando pela Petrobras – se os ladrões ainda não tiverem roubado tudo –, que deverá mudar sua natureza jurídica de estatal para concessionária, evitando, assim, a ação deletéria de diretorias e conselhos que ganham mais de R$ 90 mil por mês e votam sem examinar os contratos, como fez Dona Dilma na compra da indelével Pasadena”.
“Determinarei que, de todos os candidatos a cargos executivos, seja exigida declaração de bens no começo e fim dos mandatos; efetivo rigor nos contratos dos Legislativos, em cujo âmbito existe o chamado “contrato rachado”, prática nojenta e desumana de exigir a metade dos vencimentos dos funcionários contratados para trabalhar em seus gabinetes”.
“Tomarei medidas para dar competência aos tribunais de contas do país, transformando-os em câmaras de contas do Judiciário, compostas por desembargadores ou ministros, no caso do TCU, à semelhança das câmaras cíveis e criminais dos tribunais”.
“Assumo o compromisso de que os tribunais superiores serão compostos por membros dos tribunais inferiores, selecionados por processo de promoção, inclusive e principalmente o egrégio Supremo Tribunal Federal, cujos ministros sairão de uma lista tríplice elaborada pelos componentes dos tribunais superiores, para evitar que a raposa tome conta do galinheiro”.
“Proporei ao Congresso Nacional emenda que exija dos candidatos à Presidência da República a comprovação, no mínimo, de conclusão de curso colegial e de domínio do idioma inglês, além do português, naturalmente, para evitar os analfabetos funcionais. Cumprirei a qualquer custo as dotações orçamentárias. Enfim, comprometo-me a refazer, e não a reformular, dentro do mandato, o Estado Brasileiro.”
Quem topa? Tudo depende de nós, eleitores…
(transcrito de O Tempo)
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