"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de agosto de 2014

CHAVE DE CADEIA

Esquema de corrupção desvendado pela Lava-Jato ainda subirá a rampa do Palácio do Planalto

alberto_youssef_02 Alberto Youssef, doleiro preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, e Carlos Alberto Pereira da Costa, réu no mesmo processo, foram levados, nesta sexta-feira (29), para prestar na Justiça Federal, em Curitiba.

Youssef e Costa foram arguidos pelo juiz federal Sérgio Moro sobre as denúncias envolvendo o “laboratório-lavanderia” Labogen, criado especificamente para lesar a União através do Ministério da Saúde.

A audiência estava marcada para as 10 horas, mas os acusados, que estão presos na carceragem da PF, em Curitiba, chegaram com quinze minutos de atraso.

Como já era esperado, o doleiro permaneceu em silêncio na audiência, até porque qualquer declaração pode piorar sobremaneira sua situação, uma vez que a PF e o Ministério Público Federal continuam avançando nas investigações, apesar de muitos crimes ainda permanecerem longe da mira das autoridades.

O advogado de Carlos Alberto da Costa disse que seu cliente colabora espontaneamente com a Justiça e que respondeu a todas as perguntas formuladas pelo juiz Moro. De acordo com a defesa, Costa era procurador e administrador da GFD Investimentos, empresa suspeita de lavar dinheiro do esquema comandado por Youssef, que, segundo a PF, o tinha como braço direito na rede criminosa.
Primeiros passos

jose_janene_07Como vem afirmando o ucho.info, em linguagem figurada, as autoridades apenas arrombaram a porta do pardieiro de Alberto Youssef, que no em tempos outros tinha como sócio e parceiro o finado José Janene, que passou para a história com o “Xeique do Mensalão”.

No momento em que, vencida a porta arrombada, a investigação começar a trilhar as pegadas dos criminosos, a Operação Lava-Jato certamente há de subir a rampa do Palácio do Planalto.

Muito estranhamente, diversos políticos ainda não foram incomodados pela PF ou chamados para depor no processo que investiga a Operação Lava-Jato e seus desdobramentos.

Como afirmou o ucho.info em matéria anterior, um escritório de Youssef localizado na Avenida São Gabriel, no bairro Itaim Bibi, Zona Sul da capital paulista, funcionava como central de pagamento a políticos. A existência do tal escritório, denunciada por este site, foi confirmada no depoimento prestado por Carlos Alberto da Costa, como é possível conferir na imagem abaixo.
carlosalberto_costa_03
No tal escritório era grande a peregrinação de políticos de vários estados brasileiros que iam até o local para buscar dinheiro ou acertar recebimentos. Lá também eram combinadas as bases do fundo de investimentos criado por Youssef para atrair recursos de prefeituras. Se a Polícia Federal cobrar da administração do prédio a lista de visitantes e as imagens das câmeras de segurança, por certo o Congresso Nacional ficará sem funcionar por pelo menos duas semanas em função de falta de quórum.

30 de agosto de 2014
ucho.info

Nenhum comentário:

Postar um comentário