Nova política de Marina é um projeto de cunho personalíssimo, que só beneficia a ela própria
Com apoio financeiro de Neca Setubal, herdeira do grupo Itaú, começou a formar um partido, que mesmo com ajuda de políticos do PMDB (Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos), PDT (Miro Teixeira), PT (Eduardo Suplicy), PSBD, PPS e outros, não conseguiu o registro da Rede Sustentabilidade.
Na véspera da data fatal para filiação, procurou o PSB de Eduardo Campos para se candidatar, pensando que seria a cabeça da chapa, por causa dos 20 milhões de votos. Mas Eduardo não aceitou e ela saiu como vice da chapa dele. O ex-governador esperava que Marina levaria com ela os 20 milhões de votos e nada aconteceu. Na verdade, não fez força e não cansava de falar que, depois das eleições, voltaria a trabalhar para viabilizar a Rede Sustentabilidade.
Com a morte de Eduardo, ela assumiu a cabeça da chapa e aproveitando a comoção do momento, assumiu a missão de “salvadora da pátria”, mediante uma “providência divina”, como disse própria justificou.
Traduzindo, até agora a nova política de Marina da Silva não passa de um mero projeto pessoal de poder. Alguém ainda tem alguma dúvida?
30 de agosto de 2014
Em 13 de maio de 2008, a senadora licenciada Marina Silva (PT-AC) pediu demissão do ministério. Em carta ao presidente Lula, afirmou: “Esta difícil decisão, Sr. Presidente, decorre das dificuldades que tenho enfrentado há algum tempo para dar prosseguimento à agenda ambiental federal”. E voltou para o Senado.
Em 19 de agosto de 2009, deixou o PT, manifestando seu desacordo com uma “concepção do desenvolvimento centrada no crescimento material a qualquer custo, com ganhos exacerbados para poucos e resultados perversos para a maioria, ao custo, principalmente para os mais pobres, da destruição de recursos naturais e da qualidade de vida”.
Já estava tudo acertado com o Partido Verde, e onze dias depois ela anunciou sua filiação ao PV, para disputar no ano seguinte, 2010, a Presidência da República, em chapa que contava com o empresário Guilherme Leal (grupo Natura) como candidato a vice e financiador.
BAIXO CARBONO
Marina alegou que o objetivo de sua candidatura era “promover um acordo social no Brasil que integrasse avanços dos governos passados e apontasse para uma economia de baixo carbono“.
A candidata se comprometia a manter as conquistas dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas a estabilização econômica e a redução da pobreza, e prometia governar junto com os “núcleos vivos” da sociedade em defesa do desenvolvimento sustentável.
Entre suas propostas estavam os programas sociais de terceira geração. Segundo essa diretriz, uma rede de agentes de desenvolvimento familiar teria a responsabilidade de levar programas sociais às famílias mais pobres e dar apoio a suas escolhas, o que facilitaria a inclusão produtiva desses brasileiros na sociedade.
Teve 19,6 milhões de votos, quase 20% dos votos válidos. Foi o melhor desempenho de um terceiro colocado desde a redemocratização do país.
SAINDO DO PV…
Nos meses seguintes, Marina tentou assumir o comando do PV e foi rechaçada pelo grupo do deputado José Luiz Penna, que há mais de 10 anos domina e explora o partido, sem convocar eleições internas.
Em 7 de julho de 2011, a ex-senadora anunciou sua saída do PV. “Queremos resgatar as motivações originais deste projeto, agora participando da construção de uma nova política efetivamente democrática, ética, ecológica, participativa, inovadora e conectada com os desafios e oportunidades que o século 21 nos impõe”, afirmava, junto com outras 15 lideranças, na carta enviada à direção do partido.
Na véspera da data fatal para filiação, procurou o PSB de Eduardo Campos para se candidatar, pensando que seria a cabeça da chapa, por causa dos 20 milhões de votos. Mas Eduardo não aceitou e ela saiu como vice da chapa dele. O ex-governador esperava que Marina levaria com ela os 20 milhões de votos e nada aconteceu. Na verdade, não fez força e não cansava de falar que, depois das eleições, voltaria a trabalhar para viabilizar a Rede Sustentabilidade.
Com a morte de Eduardo, ela assumiu a cabeça da chapa e aproveitando a comoção do momento, assumiu a missão de “salvadora da pátria”, mediante uma “providência divina”, como disse própria justificou.
Traduzindo, até agora a nova política de Marina da Silva não passa de um mero projeto pessoal de poder. Alguém ainda tem alguma dúvida?
30 de agosto de 2014
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