Sem detalhar custos, tucano promete programas para aposentados e estudantes
Reajuste de benefícios da Previdência Social teria adicional para compensar alta nos preços dos remédios
O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), prometeu nos últimos dias novos benefícios para aposentados, estudantes e participantes do Bolsa Família, numa tentativa de combater a ideia de que sua eleição representa uma ameaça para os programas sociais que viraram marca registrada dos governos do PT.
Sem detalhar como pretende financiar os novos benefícios num ambiente de estagnação econômica e fragilidade das finanças do governo, Aécio prometeu aumentar o Bolsa Família e os índices de reajuste das aposentadorias e financiar uma poupança para estudantes que não abandonarem o ensino médio antes de concluir o curso.
Em seu programa no horário de propaganda eleitoral no rádio e na televisão no sábado (24), Aécio prometeu pagar R$ 3 mil a estudantes pobres do Nordeste, estendendo a eles um programa adotado em Minas Gerais no período em que ele governou o Estado, entre 2003 e 2010.
A ideia é criar uma poupança para estudantes que entrarem no ensino médio. Se o aluno não deixar a escola nem se envolver com crimes, Aécio promete que o governo depositará ao fim de cada ano R$ 1 mil numa conta cujo saldo poderá ser sacado na conclusão do terceiro ano.
O projeto começaria no Nordeste, região que nas últimas eleições presidenciais foi decisiva para a vitória do PT sobre os candidatos do PSDB. A coordenadora da área de educação do programa de Aécio, Maria Helena Guimarães de Castro, prevê que 1,8 milhão de alunos nordestinos poderiam ser atendidos por ano, o que permite estimar em R$ 1,8 bilhão o custo anual desse programa.
No domingo (24), durante visita a um abrigo de idosos no bairro de Bonsucesso, na zona norte do Rio, Aécio prometeu aplicar aos benefícios pagos pela Previdência Social um reajuste adicional para compensar a alta dos preços de uma cesta de medicamentos de uso contínuo que pesam no bolso dos idosos.
"A gente sabe a dificuldade que é manter um padrão de vida digno", disse. "Além do reajuste anual, os aposentados receberão adicional que vai acompanhar a variação dos preços de medicamentos", afirmou o tucano.
O candidato não ofereceu nenhuma estimativa do custo da medida, que tende a ampliar as dificuldades da Previdência Social, que gasta com benefícios mais do que arrecada com contribuições das empresas e dos segurados.
PROGRAMA
No programa de governo que apresentou à Justiça Eleitoral em junho, Aécio diz que resolverá os problemas da Previdência com a retomada do crescimento da economia e não diz nada sobre fatores que têm contribuído para o aumento das suas despesas, como a ausência de idade mínima para a concessão de aposentadorias no setor privado.
Aécio promete manter a atual política de valorização do salário mínimo acima da inflação, o que também tem contribuído para o aumento das despesas da Previdência.
Durante a visita ao abrigo no Rio, Aécio voltou a acusar os petistas de fazer "terrorismo" espalhando rumores de que os tucanos vão acabar com o Bolsa Família se vencerem as eleições deste ano.
Aécio promete aumentar em cerca de 10% o valor pago aos beneficiários do programa, fixando em US$ 1,25 por dia per capita a renda mínima assegurada pelo programa de combate à miséria.
O candidato do PSDB também promete benefícios adicionais aos participantes do programa que conseguirem reduzir sua vulnerabilidade social, recolocando filhos na escola ou ingressando no mercado de trabalho formal.
Aécio acusou "o PT e seus correligionários" de espalhar boatos sobre o fim do programa. "É irresponsabilidade dizer que o Bolsa Família vai acabar se eu for eleito", disse.
Reajuste de benefícios da Previdência Social teria adicional para compensar alta nos preços dos remédios
O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), prometeu nos últimos dias novos benefícios para aposentados, estudantes e participantes do Bolsa Família, numa tentativa de combater a ideia de que sua eleição representa uma ameaça para os programas sociais que viraram marca registrada dos governos do PT.
Sem detalhar como pretende financiar os novos benefícios num ambiente de estagnação econômica e fragilidade das finanças do governo, Aécio prometeu aumentar o Bolsa Família e os índices de reajuste das aposentadorias e financiar uma poupança para estudantes que não abandonarem o ensino médio antes de concluir o curso.
Em seu programa no horário de propaganda eleitoral no rádio e na televisão no sábado (24), Aécio prometeu pagar R$ 3 mil a estudantes pobres do Nordeste, estendendo a eles um programa adotado em Minas Gerais no período em que ele governou o Estado, entre 2003 e 2010.
A ideia é criar uma poupança para estudantes que entrarem no ensino médio. Se o aluno não deixar a escola nem se envolver com crimes, Aécio promete que o governo depositará ao fim de cada ano R$ 1 mil numa conta cujo saldo poderá ser sacado na conclusão do terceiro ano.
O projeto começaria no Nordeste, região que nas últimas eleições presidenciais foi decisiva para a vitória do PT sobre os candidatos do PSDB. A coordenadora da área de educação do programa de Aécio, Maria Helena Guimarães de Castro, prevê que 1,8 milhão de alunos nordestinos poderiam ser atendidos por ano, o que permite estimar em R$ 1,8 bilhão o custo anual desse programa.
No domingo (24), durante visita a um abrigo de idosos no bairro de Bonsucesso, na zona norte do Rio, Aécio prometeu aplicar aos benefícios pagos pela Previdência Social um reajuste adicional para compensar a alta dos preços de uma cesta de medicamentos de uso contínuo que pesam no bolso dos idosos.
"A gente sabe a dificuldade que é manter um padrão de vida digno", disse. "Além do reajuste anual, os aposentados receberão adicional que vai acompanhar a variação dos preços de medicamentos", afirmou o tucano.
O candidato não ofereceu nenhuma estimativa do custo da medida, que tende a ampliar as dificuldades da Previdência Social, que gasta com benefícios mais do que arrecada com contribuições das empresas e dos segurados.
PROGRAMA
No programa de governo que apresentou à Justiça Eleitoral em junho, Aécio diz que resolverá os problemas da Previdência com a retomada do crescimento da economia e não diz nada sobre fatores que têm contribuído para o aumento das suas despesas, como a ausência de idade mínima para a concessão de aposentadorias no setor privado.
Aécio promete manter a atual política de valorização do salário mínimo acima da inflação, o que também tem contribuído para o aumento das despesas da Previdência.
Durante a visita ao abrigo no Rio, Aécio voltou a acusar os petistas de fazer "terrorismo" espalhando rumores de que os tucanos vão acabar com o Bolsa Família se vencerem as eleições deste ano.
Aécio promete aumentar em cerca de 10% o valor pago aos beneficiários do programa, fixando em US$ 1,25 por dia per capita a renda mínima assegurada pelo programa de combate à miséria.
O candidato do PSDB também promete benefícios adicionais aos participantes do programa que conseguirem reduzir sua vulnerabilidade social, recolocando filhos na escola ou ingressando no mercado de trabalho formal.
Aécio acusou "o PT e seus correligionários" de espalhar boatos sobre o fim do programa. "É irresponsabilidade dizer que o Bolsa Família vai acabar se eu for eleito", disse.
30 de agosto de 2014
Folha de São Paulo
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