Genro criticou duramente o STF por proteger agentes do Estado brasileiro que praticaram atos de tortura
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou, em um artigo publicado no portal Carta Maior, que o mesmo Supremo Tribunal Federal (STF) que "condena sem provas militantes do PT" no caso do mensalão tem tomado decisões que dão abrigo a torturadores da ditadura.
No texto intitulado "A segunda tortura de Genoino", Genro faz uma defesa do deputado federal licenciado José Genoino, preso desde sexta. Segundo o governador Gaúcho, Genoino é "um homem honesto, de vida modesta e honrada, que sempre lutou por seus ideais com dignidade e ardor, arriscando a própria vida, em momentos muito duros da nossa História" que "só foi condenado porque era presidente do PT, no momento do chamado mensalão".
Em defesa do colega petista, Genro criticou duramente o STF por proteger agentes do Estado brasileiro que praticaram atos de tortura, em referência à decisão tomada pela Corte, em 2010, de manter válida a Lei de Anistia brasileira.
"José Genoino foi brutalmente torturado na época da ditadura e seus torturadores continuam aí, sorridentes, impunes e desafiantes, sem qualquer ameaça real de responderem, na democracia, pelo que fizeram nos porões do regime de arbítrio, abrigados até agora por decisões deste mesmo Tribunal que condena sem provas militantes do PT", escreveu o governador, que assumiu a presidência do PT em 2005 justamente quando Genoino deixou o cargo após ser atingido pelas denúncias do mensalão.
No mesmo texto, ele defendeu o ex-ministro José Dirceu, seu desafeto dentro do PT. "Militei sempre em campos opostos a José Dirceu em nosso partido e, em termos pessoais, conheço-o muito pouco, mas não hesito em dizer que foi condenado sem provas, por razões eminentemente políticas, como reconhecem insuspeitos juristas, que sequer tem simpatias por ele ou pelo PT".
18 de novembro de 2013
Fernando Gallo - O Estado de S.Paulo
No texto intitulado "A segunda tortura de Genoino", Genro faz uma defesa do deputado federal licenciado José Genoino, preso desde sexta. Segundo o governador Gaúcho, Genoino é "um homem honesto, de vida modesta e honrada, que sempre lutou por seus ideais com dignidade e ardor, arriscando a própria vida, em momentos muito duros da nossa História" que "só foi condenado porque era presidente do PT, no momento do chamado mensalão".
Em defesa do colega petista, Genro criticou duramente o STF por proteger agentes do Estado brasileiro que praticaram atos de tortura, em referência à decisão tomada pela Corte, em 2010, de manter válida a Lei de Anistia brasileira.
"José Genoino foi brutalmente torturado na época da ditadura e seus torturadores continuam aí, sorridentes, impunes e desafiantes, sem qualquer ameaça real de responderem, na democracia, pelo que fizeram nos porões do regime de arbítrio, abrigados até agora por decisões deste mesmo Tribunal que condena sem provas militantes do PT", escreveu o governador, que assumiu a presidência do PT em 2005 justamente quando Genoino deixou o cargo após ser atingido pelas denúncias do mensalão.
No mesmo texto, ele defendeu o ex-ministro José Dirceu, seu desafeto dentro do PT. "Militei sempre em campos opostos a José Dirceu em nosso partido e, em termos pessoais, conheço-o muito pouco, mas não hesito em dizer que foi condenado sem provas, por razões eminentemente políticas, como reconhecem insuspeitos juristas, que sequer tem simpatias por ele ou pelo PT".
18 de novembro de 2013
Fernando Gallo - O Estado de S.Paulo
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