Gabrielli, tirado da disputa pelo governo da Bahia, é primeira vítima da “onda moral” petralha pós-mensalão
18 de novembro de 2013
A Presidenta Dilma Rousseff não quer que o Mensalão e outros escândalos ainda menos votados (como os que podem estourar na Petrobrás e Eletrobrás) afetem sua campanha reeleitoral. Por isso, além da súbita e imediata prisão dos mensaleiros (onde se enxerga a evidente impressão digital do Palhaço do Planalto), a primeira grande vítima do processo de “limpeza antecipada de área” é o ex-presidente da Petrobras. José Sérgio Gabrielli será preterido na sonhada disputa ao governo da Bahia.
Os marqueteiros de Dilma temem que a candidatura Gabrielli, numa sempre sangrenta campanha ao Palácio Rio Branco, crie problemas diretos ao governo federal. Adversários já teriam um arsenal de denúncias contra Gabrielli na Petrobras. Investidores da estatal de economia mista já têm várias ações judiciais em andamento e outras engatilhadas contra atos de gestão dele que, claramente, feriram os princípios de governança corporativa e produziram bilhões em prejuízos.
Por isso, detonando antecipadamente Gabrielli, os petistas baianos devem optar pela candidatura de Rui Costa, atual chefe da casa civil de Jaques Wagner, ou pelo senador Walter Pinheiro, que corre por fora. Gabrielli ainda ameaça rodar a baiana, esta semana, em uma reunião que terá com seu padrinho Luiz Inácio Lula da Silva. Mas ele sabe que Lula pode interferir pouco no confuso PT baiano. E a fritura dele em azeite político de dendê causará fraturas graves que podem atrapalhar a manutenção do PT no poder na Bahia.
A ordem no governo é aproveitar a onda carnavalesca com a prisão dos mensaleiros – que ano que vem facilmente cairá em esquecimento – para, de imediato, evitar que outros escândalos ganhem destaque. Um alvo direto a ser blindado é o ministro Guido Mantega. Primeiro, evitando uma repercussão maior do escândalo em que dois assessores dele teriam recebido um mensalinho de R$ 60 mil por renovar um contrato de assessoria de comunicação. Segundo, impedindo que sigam adiante investigações na Petrobrás, onde Mantega é presidente do Conselho de Administração e dá as cartas junto com o diretor financeiro, Almir Barbassa.
Falsos Heróis
Releia o artigo de ontem: O Crepúsculo da Petralhada?
Quem tem a Força
Leia, abaixo, o artigo de Antônio Ribas Paiva: O sistema político mafioso da falsa república brasileira
Prisão Especial
Do neurocirurgião Humberto de Luna Freire Filho, sobre a prisão dos mensaleiros:
“O governo aproveitando um saldo de caixa deixado por Pizzolato, no Banco do Brasil, vai subsidiar um novo programa social - Minha cela, minha vida”.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
18 de novembro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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