Publicação destaca que déficit em conta corrente, balança comercial em deterioração, números fiscais ruins e inflação alta são alguns fatores que desestimularam os investidores
Para o FT, as melhores possibilidades de investimenhto estão
no Chile, na Colômbia, no México e Peru (AFP)
Alguns defendem, porém, que o Brasil começa a "emergir". "O Brasil continua em desuso pelos investidores", diz o principal texto do caderno. "No próximo ano, o país será truncado pela Copa do Mundo em junho e julho, e as eleições presidenciais em outubro. O calote do senhor Batista, embora visto amplamente como um caso isolado, também pode adicionar alguns pontos de prêmio de risco para o Brasil", avalia a publicação.
Um dos exemplos dessa falta de atratividade brasileira é dado em uma reportagem sobre o mercado de câmbio da região. O texto diz que muitos investidores têm preferido deixar o mais tradicional mercado de câmbio da América Latina, o do Brasil, em direção ao "primo pobre": o peso mexicano. Analistas ouvidos pela reportagem dizem que o déficit em conta corrente, a balança comercial em deterioração, números fiscais ruins e a inflação alta tiraram a atratividade do real brasileiro.
O FT reconhece, porém, que uma parcela dos analistas defende o início de uma melhora dos ativos brasileiros. "Alguns acreditam que esse ativo agora está começando a emergir", diz o texto de abertura do caderno, que tem na capa uma foto com alguns homens de terno e gravata conversando e rindo em frente à sede da Bolsa de Valores de São Paulo com a legenda: "Arrancada de crescimento: alguns acreditam que os ativos estão começando a emergir no Brasil".
Apesar dessa corrente minoritária que olha um pouco melhor para o Brasil, o jornal sinaliza que o mercado vê muito mais oportunidades em outros países da região. "O México, que sofreu nos últimos anos com sua exposição à economia dos EUA, parece estar preparado para o crescimento.
Não é só porque a economia dos EUA está mostrando sinais de recuperação, mas também porque o México tem incentivado investidores ao oferecer uma série de reformas econômicas sob o novo presidente e com a promessa de muito mais, especialmente com a abertura ansiosamente aguardada de sua indústria de energia", diz o FT.
Para o jornal britânico, "outros mercados continuam favoritos" para os analistas. Além do México, nessa lista estão outros países classificados como "reformistas": Chile, Colômbia e Peru.
A publicação nota, porém, que o preço dos ativos mexicanos está acima da média na região, o que reduz a possibilidade de ganhos na segunda maior economia da região.
18 de novembro de 2013
Veja
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