Em almoço nesta terça-feira com senadores senadores do Bloco União e Força (PTB/PR/PSC/PRB), que recebeu semana passada o ex-presidente Lula, o presidente do PSDB e pré-candidato a presidente Aécio Neves (MG) confirmou que o partido vai lançar o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, ao governo do Rio. No encontro, comandado pelo líder do PTB Gim Argelo, Aécio fez uma análise dos palaques que o PSDB está montando em todos os estados para sustentar a campanha presidencial.
— No Rio está tudo muito embolado e dividido. Com Bernardinho podemos ter pelo menos 9% dos 13 milhões de votos do terceiro maior colégio eleitoral — disse Aécio segundo relato dos senadores presentes.
Falando como candidato, Aécio participou ainda da instalação da Frente Parlamentar de defesa do setor sucroenergético, na Câmara, e depois, do almoço com os senadores governistas em busca de apoio. Segundo relato dos senadores, ele falou como candidato , com a certeza de que irá para o segundo turno.
— Semana passada almoçaram com o ex-presidente. Quem sabe hoje não almoçam com o .... — brincou Aécio, sem completar a frase sobre o "futuro" presidente.
No encontro, Aécio fez uma avaliação de como sua campanha será estruturada em cada Estado e disse que tem palanques em 60 milhões do eleitorado e o comando em seis estados que detém os maiores eleitorados (SP/PR/MG/GO/PA/AL).
Para estar no segundo turno, prevê vantagem sobre os adversários de aproximadamente 3 milhões de votos em Minas Gerais e 2 milhões em São Paulo.
O senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) lembrou então que a capital, São Paulo, comandada pelo petista Fernando Haddad, é o quinto maior eleitorado do País, mas o aumento do IPTU vai fazer um estrago para as campanhas do PT no Estado.
— Haddad é hoje seu maior cabo eleitoral — disse o senador paulista no encontro.
Aécio também minimizou o impacto da coligação de Marina Silva (Rede) com o presidente do PSB e pré-candidato a presidente, Eduardo Campos. E confirmou que o ex-técnico da seleção de vólei, Bernardinho, será o candidato do PSDB no Rio, podendo ter pelo menos 9% dos votos.
— Se Marina fosse candidata, teria 20 milhões de votos, mas só transfere 1/3 desses votos para Eduardo —avaliou Aécio.
— O Aécio fez uma avaliação para nos convencer que ele pode ganhar a eleição — disse o senador Antônio Carlos Rodrigues, após o almoço.
06 de novembro de 2013
Maria Lima - O Globo
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