Secretário de Transportes de Haddad afirmou que a empresa de sua mulher com um auditor investigado "ficou parada" e não movimentou dinheiro
Jilmar Tatto (PT) diz ter convívio social com auditor investigado
pela Controladoria-Geral do Município (Ed Ferreira/AE )
“A empresa foi aberta em 2010 e ficou escanteada, parada, ninguém deu bola. Nem lembrava da existência dessa empresa”, disse Tatto em entrevista coletiva nesta quarta. “Essa empresa não vingou, faliu antes de começar e não teve movimentação [financeira] nenhuma.”
Reis namora a irmã de Adli. “Volta e meia a gente se encontra. Mas o contato é social pelo fato de ser namorado da minha cunhada”, disse o secretário. Tatto afirmou que "ficou surpreso" e “não sabia que o servidor estava sendo investigado”.
“Não sei dizer se tem algo contra ele, porque não tenho informações sobre a investigação. Mas, do ponto de vista do cotidiano, do dia a dia, não tem qualquer coisa externa que aparente desvio. Mas aí deixa a investigação verificar, tá certo?”, disse Tatto. Questionado se confiava no auditor, Tatto respondeu: “Veja, eu confio em mim”.
Segundo dados da Junta Comercial de São Paulo, além de Adli e Reis, são sócios no negócios Jamile Osman e Salah Ali Osman, cunhados do secretário municipal. Salah Osman também é doador de campanha do parlamentar e do irmão dele, o vereador Arselino Tatto (PT).
O auditor prestou depoimento no âmbito de uma sindicância que apura a evolução patrimonial de servidores da Secretaria Municipal de Finanças, onde é diretor do Departamento de Fiscalização. Quatro servidores já foram presos por fraude e cobrança de propina de construtoras - um deles liberado após um acordo de delação premiada. O esquema pode ter desviado até 500 milhões de reais do Tesouro, segundo as investigações.
Haddad - Indagado sobre o possível afastamento cautelar de Reis do cargo de confiança, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que vai “aguardar os desdobramentos” e que ainda não era necessário tirar o servidor do cargo. “O importante é que a Controladoria tem carta branca para tudo e vai punir os fiscais que se envolveram em maracutaia”, disse Haddad. “A reputação das pessoas tem de ser preservada.”
Suspeito de participar em esquema de fraude no ISS na gestão do prefeito Gilberto Kassab (2009-2012), Luis Alexandre de Magalhães deixa delegacia em São Paulo - abio Braga/Folhapress
06 de novembro de 2013
Felipe Frazão -Veja
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