"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

GRAVAÇÃO DE TEMER REALMENTE TEVE CORTES, SUMIRAM MAIS DE 6 MINUTOS DA CONVERSA


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Molina se expôe e demonstra não temer o ridículo
Realmente, existe um instigante mistério na gravação do encontro entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, não há a menor dúvida, mas não se refere ao teor da apimentada conversa, que depõe contra a honorabilidade do chefe do governo e até obriga a que seja afastado do cargo, a bem do interesse público e da moralidade administrativa. Isso é ponto pacífico. O mistério a ser desvendado é outro e se refere à surpreendente redução do tempo da conversa entre Temer e Batista, porque sumiram mais de seis minutos da gravação.
A constatação foi feita pela equipe técnica da Rádio CBN, ao comparar a programação da emissora, que Joesley ouvia e gravava no carro, antes de chegar ao Palácio Jaburu, e continuou ouvindo ao voltar ao automóvel, porque esquecera o rádio ligado. Segundo o jornal O Globo, a comparação das duas gravações mostrou a expressiva diferença de mais de 6 minutos na duração da conversa registrada no pen drive entregue pelo empresário à Procuradoria-Geral da República.
HÁ DUAS GRAVAÇÕES? – Há muitas indagações. Pelo que se informa, Joesley levou dois gravadores e a JBS já entregou à Procuradoria o segundo equipamento. Somente assim, os peritos da Polícia Federal poderão constatar o que realmente aconteceu. Embora os cortes (se existiram, e agora parece que ocorreram) não inocentem o presidente Michel Temer, é preciso que sejam explicados e também que se revele o que foi extirpado da gravação, porque a conversa pode ter se aprofundado com informações que possam incriminar outras altas personalidades da República.
Vamos aguardar a evolução dos acontecimentos e a análise dessa segunda gravação. O que não se pode aceitar é a leviana afirmação do perito Ricardo Molina, ao proclamar que a gravação não pode ser considerada como prova e deve ser atirada no lixo.
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PS 
– Já assinalamos aqui na Tribuna da Internet que peritos são como advogados e trabalham em favor de quem os contrata. Quem age de forma imparcial é o perito do poder público, porque é pago pelo povo para defender seus interesses(C.N.)

25 de maio de 2017
Carlos Newton

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