O escritor Marcelo Rubens Paiva, de extrema-esquerda, não está sabendo lidar com a realidade de que o nazismo é um regime de esquerda. Ele ficou irritadíssimo com o seguinte tuíte de Rachel Sheherazade (muito acertado por sinal), que dizia o seguinte:
Em relação ao PSDB, que de fato não é um partido de direita, ela também acertou:
Agora observe o butthurt até cômico de Paiva:
Em debates acalorados nas redes sociais, algumas vezes aparecem pérolas como “os Nazistas eram de esquerda”. Não li tal aberração política uma, nem duas, mas centenas de vezes.
Isso se chama simulação de falso espanto, na qual o artista (Paiva) finge encenar um espanto que realmente não sente. Ele sabe que o nazismo é de esquerda, mas se finge de espantado ao ouvir isso na tentativa de impressionar o leitor.
Sigamos:
Tudo porque uma jovem e inexperiente militância de uma nova e jovem direita brasileira descobriu que Nazismo vem de Nacional Socialismo.
Truque de apontamento de falsa causa. Na verdade, mencionar que nazismo significa “nacional socialismo” é apenas uma das razões para defini-lo como de esquerda, mas não está entre as principais. A principal razão é que, como sendo a esquerda o sistema que foca em inchaço estatal para obtenção de poder e a extrema-esquerda foca em inchaço estatal em um sistema totalitário para o mesmo fim, basta notar que o comportamento nazista é similar ao do marxista. Nem precisaríamos identificar o nazismo como “nacional socialismo” para chegar a essa constatação. Basta estudar o comportamento.
Agora ele foca em Rachel:
Diz ela [Rachel Sheherazade] que o nazismo é uma vertente da esquerda. Portanto, Hitler seria socialista. E todos os socialistas seriam defensores do nazismo. Rachel tem o direito democrático de detestar e combater a esquerda, o PSDB, de acreditar que o PT está associado a tudo de mal que acontece no país. Os partidos, de fato, afastaram-se da sua essência e alimentou uma rede de corrupção com a elite do poder, num projeto duvidoso de se manter por décadas, seguindo a máxima de que os fins justificam os meios. No entanto, Rachel, como apresentadora de TV, tem o dever, como todos nós, de medir as palavras, de cumprir um papel que também nos cabe, denunciar e educar, investigar e propor.
Ué, se ela combate a esquerda e associa o PSDB à esta vertente como poderia Rachel ter dito que “o PT está associado a tudo de mal que acontece no país”? Nota-se que Paiva estava transtornado e desatento ao escrever e aqui teve de apelar à ampliação indevida, técnica erística na qual alguém exagera a afirmação do oponente, refuta essa versão exagerada e simula que refutou a versão original.
Em seguida, ele mente ao dizer que “os partidos, de fato, afastaram-se da sua essência e alimentou uma rede de corrupção com a elite do poder”. Na verdade, o PT, por ter se aliado a uma elite capitalista, manteve a essência básica do socialismo, o qual depende da aquisição de poder totalitário e exatamente por isso depende da aliança com uma elite capitalista. Essa aliança é fechada não com pequenos e médios empresários, mas com gente como Eike, Odebrecht e Joesley.
Vemos que Rachel pesquisou direitinho, por isso só restam truques sujos a Paiva:
Não, Rachel, os nazistas combateram a esquerda alemã. Comunistas e pensadores de esquerda foram os primeiros a ocupar os campos de concentração. Como prisioneiros.
O truque aqui é a manipulação de categorias. É como alguém dizer que “você não pode torcer para um time de futebol, pois não torce para o Flamengo”. Bem, alguém pode torcer para o Corinthians, o Cruzeiro ou o Grêmio e ainda assim torcer para um time de futebol. Ou seja, ao confundir Flamengo com “o futebol”, a pessoa está manipulando categorias. É o que Paiva tenta fazer ao dizer que “combateu os marxistas do período (x), então ficou contra ‘a esquerda'”. Na verdade, os fascistas e nazistas combateram apenas um tipo específico de esquerda apenas por serem um outro tipo mais pragmático (para aquele momento) que o marxismo. Futuramente o próprio marxismo incorporou o fascismo mas descartou o nazismo por questões táticas e só.
Logo, o fato de nazistas terem combatido “os marxistas alemães” não significa que combateram “a esquerda”, mas sim que disputaram a representação política da esquerda com os marxistas.
Hitler expandiu a fronteira ao leste e invadiu a Rússia, pois seu maior inimigo era o comunismo. Queria, no fundo, uma aliança com a Inglaterra, para juntos combaterem a esquerda, e não entendia por que Churchill não cedia. Os americanos não entravam na guerra, porque tinham dúvidas de que, para muitos americanos, Hitler era melhor do que Stalin.
Ou seja, o maior inimigo de Hitler, um esquerdista, era outro país esquerdista. Na verdade, ambos eram mais do que somente esquerda. Eram de extrema-esquerda.
Empresas com o GM e IBM fizeram negócios com os nazistas.
Exato, assim como Joesley, Eike e Odebrecht fizeram negócios com o PT. O partido sabe que seu totalitarismo é tão marxista quanto fascista e precisamente por este motivo depende do acordo com uma elite capitalista para sustentar um poder totalitário.
Ela já levou um enquadro, ao vivo, do seu patrão, Silvio Santos, que pediu para ela, durante a entrega do Troféu Imprensa, de forma indelicada e machista, que “eu te chamei para você continuar com a sua beleza, com a sua voz, foi para ler as notícias, e não dar a sua opinião. Se quiser falar sobre política, compre uma estação de TV e faça por sua própria conta”. Ela faz por conta própria. Para o mal do país.
Isso prova que Marcelo Rubens Paiva é um totalitário adepto do marxismo e do fascismo. Ele maquiou a linguagem para fingir que as regras de Silvio Santos para sua apresentadora no SBT valem até para o que ela escreve em sua conta pessoal no Twitter. Isso é censura e totalitarismo, ambos elementos fundamentais do marxismo e do fascismo. Que feio, Paiva. Mas não deixa de ser previsível.
25 de maio de 2017
ceticismo político
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