"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

"TRATAMOS COM O TEMER E NÃO COM O RODRIGO LOURES" - DIZ DELATOR DA JBS

'SÓ UM MENSAGEIROS
RICARDO SAUD FEZ LONGO RELATO DE SUPOSTAS NEGOCIAÇÕES DE PROPINAS
“O RODRIGO ROCHA LOURES ERA UM MENSAGEIRO SÓ. A GENTE TINHA ACERTADO TUDO COM MICHEL TEMER”, AFIRMOU RICARDO SAUD À LAVA JATO (FOTO: AG. CÂMARA)


O depoimento do executivo Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais da J&F, é apontado pelos investigadores da Operação Patmos como um dos mais fortes indícios reunidos contra o presidente Michel Temer, alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

Saud fez aos procuradores da força-tarefa da Operação Patmos, que mira também o senador Aécio Neves (PSDB/MG) e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR), um longo relato de supostas negociações de propinas.

Em um trecho do seu relato, o diretor da J&F, controladora do grupo JBS, reconstituiu um encontro com Loures.

“O Rodrigo Rocha Loures era um mensageiro só. A gente tinha acertado tudo com Michel Temer.”

“Tratamos com o Temer e não com o Rodrigo. O Rodrigo foi um mensageiro.”

Em outro ponto do depoimento, gravado em vídeo, Saud falou sobre uma propina que se arrastaria por 30 anos. “Isso é uma aposentadoria para o Michel. É uma aposentadoria para você (Loures) e o Michel. Vocês não vão ter mais dificuldade.”

Loures foi flagrado carregando uma mala com R$ 500 mil de propina da JBS na Rua Pamplona, Jardins, em São Paulo. Agentes da Polícia Federal o filmaram quando entrava apressado em um táxi.

Na segunda-feira, 22, sua defesa entregou à PF a mala, mas com R$ 35 mil a menos. Loures não explicou o que fez com o dinheiro. (AE)


25 de maio de 2017
diário do poder

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