Sem desdenhar da gravidade da investida, mas com a tranquilidade de um soldado que conhece a sua Força e de um subordinado que acredita no seu Comandante, manifestei, desde a primeira hora da investida adversária, a minha confiança na competência e no senso de responsabilidade de quem, por formação profissional e moral, sempre foi melhor do que os citados conspiradores.
Há muito aprendi que o mínimo de competência a ser exigido de um chefe-líder é a competência para usar a competência dos seus parceiros e subordinados, é o “saber quem sabe”, é ter humildade para ouvir, coragem para decidir e determinação para executar!
As FFAA saem fortalecidas deste evento pois deixaram muito claro ao inimigo que não estão alheias às suas manobras, por mais dissimuladas e sutis que possam parecer e que não permitirão qualquer interferência política ou ideológica nas clausulas pétreas que têm alicerçado a formação de seus quadros, o seu processo evolutivo e o seu histórico compromisso com a democracia.
Minha confiança nos Comandantes, hoje redobrada, foi criticada por muitos, alguns por justificado desconhecimento, outros por me julgarem desinformado e até conivente com o inimigo, outros por temer pela ingenuidade e pela aparente apatia dos militares face à falta de caráter daqueles com os quais têm que conviver por força de preceito constitucional, outros, ainda, criticaram-me por serem vítimas da vaidade e da arrogância que os faz julgarem-se os donos absolutos da verdade e os únicos capazes de defender o bem.
O artigo, publicado no jornal Zero Hora de hoje, 14 de setembro, de autoria do Jurista e Ex Ministro da Defesa, Nelson Jobim, reporta com segurança e profissionalismo o trabalho realizado pelas Forças para neutralizar a ousadia dos canalhas e que contou com seu pronto e competente assessoramento (é preciso “saber quem sabe”).
http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2015/09/14/artigo-decreto-sobre-militares/?topo=13,1,1,,,13
Continua a valer, portanto, a afirmação de que a sociedade pode confiar no bom senso e nas atitudes dos homens a quem confia o último recurso da razão e o PT e seu “exército”, por sua vez, continuam a saber que as Forças Armadas são disciplinadas, mas não estão mortas.
17 de setembro de 2015
General de Brigada Paulo Chagas (**)
(*) Estar “virado no back” é uma expressão de confiança usada no pólo, quando um jogador toma a nova direção da bola, antes mesmo que seu companheiro realize a tacada.
(**) Para esclarecimento de quem pensa que sabe tudo, meu posto, constante da correspondente Carta Patente, é o de General de Brigada, nela não constando a expressão, “da reserva” ou a partícula “R1”, o que me faculta usá-las se e quando me convier.
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