Todo militar sabe que a disciplina é o melhor modo de coordenar esforços em combate e que a base da disciplina é a confiança entre chefes e subordinados num Exército normal a confiança é natural e mesmo quando as ordens contrariam o pensamento dos subordinados estes costumam dar um crédito de confiança por saber que na coesão está a sua força, mas quando um comandante declara que nada fará para defender da perseguição esquerdista os que se sacrificaram para cumprir suas missões fica impossível manter a confiança e quem sofreu as consequencias foi seu sucessor, que não recebeu o apoio que merecia ao reequipar o Exército usando os serviços da Engenharia de Construção.
Quando a confiança não mais existe, a disciplina formal torna-se somente uma máscara para encobrir a covadia e a busca de vantagens pessoais e no Exército antes brioso os carreiristas reunem-se em torno dos chefes do momento como as parasitas infestam a árvore frondosa, enfeitando-a com flores enquanto sugam sua seiva.
Ambos, a árvore e o Exército nestes casos, enfraquecem seus troncos e estão prontos para desabar na primeira tormenta.
Ambos, a árvore e o Exército nestes casos, enfraquecem seus troncos e estão prontos para desabar na primeira tormenta.
O novo comandante assumiu com uma dosagem extra de confiança, quer por sua história de vida quer por receber um Exército melhor equipado, mas já sentiu que voltará a época de vacas magras.
Até isto pode ser tolerado, mas surgiu algo que não pode – a humilhação descarada da tentativa de assumir o comando das Forças Armadas por uma enfermeira despreparada, ligada ao "exército" do Stédile, com ou sem o aval do ministro político.
Até isto pode ser tolerado, mas surgiu algo que não pode – a humilhação descarada da tentativa de assumir o comando das Forças Armadas por uma enfermeira despreparada, ligada ao "exército" do Stédile, com ou sem o aval do ministro político.
Chegou o momento em que a atitude do chefe definirá se ele assumirá a liderança ou recuará para o Limbo, se não para o inferno. Consta que a enfermeira articulou o "golpe" sem conhecimento dos superiores dela (consta talvez para livrar a cara do Ministro). Só isto já é motivo para a exoneração dela.
Não sabemos como se desenrolarão os acontecimentos, mas a atitude que esperamos dos comandantes das Forças é a solicitação (irrevogável) da exoneração da secretária. Nem sub delegação nem a revogação do decreto é suficiente.
E se a solicitação for recusada? – Então tem que ser a jogada suprema: Que tanto ela como o Ministro sejam presos na hora.
As consequências? Ora, terminaria com a mudança do Governo, mas não nos preocupemos. Nenhum governo seria louco de enfrentar uma justa rebelião militar, muito menos um com a impopularidade que tem.
De São Mateus 12, 25:
"Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá"
Será que isto acontecerá conosco?
17 de setembro de 2015
Gelio Fregapani é Escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia. Extrato do Comentário Geopolítico de número 226, de 13 de setembro de 2015.
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