"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

BRASIL PODE FECHAR ESTE ANO COMO A 14ª, ECONOMIA DO MUNDO



É triste dizer, mas a derrota dos 7 a 1 diante da Alemanha na Copa de 2014 teve um efeito colateral benéfico, que foi o de preparar nossos espíritos – inveteradamente otimistas – para o desastre econômico que nos vem sendo apresentado em capítulos.
Desde outubro do ano passado,  quando os brasileiros foram às urnas para reeleger a presidente Dilma Rousseff, o valor do real (em relação ao dólar) despencou 53,9%. Para tornar o quadro ainda pior,  o PIB de 2015 – se as previsões otimistas forem mantidas – vai ser 2,5% menor do que o do ano passado.
A perda de valor de nossa moeda e a queda do PIB vão tirar do setor de propaganda do Palácio do Planalto uma mensagem que muito utilizam, que é a de propalar com a boca cheia, de que o Brasil é a sétima economia do mundo. Infelizmente para nós, isso não é mais verdade.
Se os ventos nos forem favoráveis,  fecharemos o  ano em 13º ou 14º lugar no ranking mundial de PIBs. O que dói tanto ou mais do que a enfiada de 7 a 1 que levamos dos alemães.
ANTIGAMENTE
Quando o Brasil era o sétimo maior PIB do mundo (2014: 2,35 trilhões de dólares), só tinha pesos-pesados à sua frente: Estados Unidos (17 trilhões), China (10), Japão (4,6), Alemanha (3,8), Reino Unido (2,9) e França (2,8)., segundo os dados do FMI. Esses  seis países  mantêm as mesmas posições, dada que a desvalorização de suas moedas em relação ao dólar foi bem inferior à do real em relação ao dólar. Hoje, à nossa frente, vários pesos-médios.
O Brasil, cujo PIB nominal era de 2,35 trilhões de dólares no final de 2014 (com o dólar fechando dezembro a R$2,65), tem sua moeda cotada hoje a 3,89 por dólar) e um PIB que deve ficar um pouco abaixo de  1,4 trilhão de dólares.
A Itália, que era a oitava principal economia do mundo, passou ao sétimo lugar. O euro, sua moeda, caiu cerca de 6% em relação ao dólar, desde janeiro. A economia do país, que havia declinado 0,4% no ano passado, deve crescer cerca de 0,5% este ano.  Estima-se que o PIB italiano feche o 2015 um pouco acima de dois trilhões de dólares.
Em nono lugar, disputando de perto com a Itália a posição de oitava principal economia do mundo, está a India, com extraordinário desempenho econômico previsto para este ano (crescimento superior a 7%) e relativamente pequena desvalorização de sua moeda, a rúpia, em relação ao dólar, levará o país asiático a concluir o ano com um Produto Interno Bruto beirando os dois trilhões de dólares.
A posição de 10ª principal economia que no ano passado coube à Rússia, será este ano ocupada pelo Canadá, apesar da estagnação em que se encontra a atividade no país  e da desvalorização do dólar canadenses em relação à moeda de seu vizinho EUA. Seu PIB estimado para o final de 2015 é de 1,7 trilhão de dólares.
As estimativas, com base no desempenho econômico e comportamento de suas respectivas moedas, são no sentido de Coréia do Sul, Espanha e Austrália cheguem ao final de 2015 com PIBs na casa de 1,4 trilhão de dólares.
(artigo enviado pelo comentarista Guilherme Almeida)

17 de setembro de 2015
Pedro Luiz Rodrigues

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