"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OLÁ, BOB!!!


DIRCEU ERA ‘BOB’, NO PETROLÃO; SEU ASSESSOR BOB MARQUES (DIR.) FOI CITADO NO MENSALÃO. YOUSSEF DIZ QUE DIRCEU RECEBIA DINHEIRO SUJO DO PETROLÃO

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José Dirceu ao lado do fiel escudeiro Bob Marques, que no mensalão foi acusado de transportar malas de dinheiro para o chefe (Foto: Ernesto Rodrigues/AE)
Alberto Youssef revelou em sua delação premiada que os ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci eram “as ligações” do lobista e operador de propina na Petrobras Julio Gerin Camargo com o PT. 
O doleiro – alvo central da Operação Lava Jato – apontou que o nome José Dirceu consta no registro de contabilidade de propina com a rubrica “Bob” – referência ao apelido de um ex-assessor do ex-ministro da Casa Civil.
“Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci”, afirmou Youssef.
Segundo o doleiro, o lobista tinha uma pessoa que era responsável pela contabilidade das propinas operadas por ele na Petrobras, em nome de empreiteiras do cartel.
Trata-se de Franco Clemente Pinto. “Franco é homem de confiança de Julio Camargo e o responsável pela contabilidade de pagamentos ilícitos a título de propina e caixa 2″, afirmou Youssef. Segundo o doleiro, Franco armazenava toda movimentação de propina em um “pen drive”, acessado com senha.
“Eram utilizadas siglas em tal contabilidade ilícita”, explicou o doleiro. “A de José Dirce era ‘Bob’.” Youssef diz ter visto várias vezes o registro de contabilidade.
O doleiro afirmou ainda não saber sobre valores que teriam sido repassados a Dirceu, mas contou que o ex-ministro, depois de deixar o governo Luiz Inácio Lula da Silva, utilizou o jato Citation Excel que pertence ao lobista Julio Camargo.
“Não sabe dizer quantas vezes o avião foi utilizado por José Dirceu e nem a razão do uso. Mas pode afirmar que Julio Camargo e José Dirceu são amigos”, registraram os investigadores da Lava Jato no termo de delação 11 do doleiro.
Os advogados que defendem Dirceu e Palocci foram procurados, mas ainda não se manifestaram.
12 de fevereiro de 2015
Diário do Poder

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