Tudo, praticamente tudo, que a candidata Dilma Rousseff acusa Marina Silva e Aécio Neves prova-se contra ela.
Então, veja-se: Dilma acusa o senador Aécio Neves de ser o retrocesso se chegar à presidência.
Mas é no governo Dilma que a inflação atinge seus piores índices desde o Plano Real, a produtividade industrial é medíocre, os juros são obscenos e a corrupção campeia nas diversas esferas do Estado.
É ainda Dilma que deseja implantar a censura com o tal programa enganoso de controle social da mídia. Afinal, quem é o retrocesso?
Dilma acusa Marina de ter mudado de partido, o que é verdade. Mas Dilma saiu do PDT e bandeou-se para o PT por puro oportunismo. Indicada pelo PDT de Leonel Brizola para ocupar uma secretaria no governo de Olívio Dutra, em Porto Alegre, Dilma permaneceu no cargo mesmo com a saída do PDT do governo petista.
Para não perder a boquinha de secretaria municipal, Dilma preferiu deixar o PDT, se filiar ao PT, e trair Brizola.
Diz Marina que mudou de partido para não mudar de ideias. Dilma mudou de partido para não perder a sinecura na prefeitura de Porto Alegre.
Dilma ataca a candidata Marina Silva porque chorou com os ataques pessoais do ex-presidente Lula. Afirma Dilma: “presidente não pode chorar”.
Como não? Dilma chorou quando teve que demitir o deputado Luiz Sérgio e substitui-lo pela senadora Ideli Salvatti no ministério de articulação política do seu governo.
E não foi só dessa vez. Em outros momentos a durona Dilma derramou lágrimas em público. Quer dizer que se Marina chora é fraqueza, mas se for Dilma é pura emoção? A candidata petista diz que Marina Silva mente. Como assim? Dilma diz a todo o momento que soube da roubalheira de Paulo Roberto Costa na Petrobras somente agora. Ora, por que então demitiu o diretor da Petrobras dois anos atrás?
Perguntar não ofende: que relações tão próximas tinha Dilma com Paulinho, como o trata o ex-presidente Lula, para convidá-lo para o casamento de sua única filha em Porto Alegre? Dilma ataca Aécio e Marina porque suas candidaturas recebem apoio de políticos da época do regime militar. Mas, o que são José Sarney, Collor de Mello, Jader Barbalho, Renan Calheiros e Paulo Maluf? Fiéis representantes da esquerda brasileira? No regime militar Sarney era governador do Maranhão. Maluf foi prefeito e governador indireto de São Paulo, durante o regime militar. Hoje Maluf é procurado pela Interpol.
Dilma acusa Aécio e Marina de serem financiados por banqueiros e de receberem ajuda do setor produtivo. Só que os banqueiros que apoiam Aécio e Marina estão em plena atividade obedecendo as regras do mercado e a legislação aplicada ao setor bancário. Um detalhe: a banqueira de Marina, Neca Setubal, é uma acadêmica, com doutorado, e que participou do programa de governo de Haddad, prefeito petista de São Paulo. Quando ajudava Haddad, Neca era chamada pelos petistas de educadora. Agora, quando apoia Marina é rotulada de banqueira.
Já a banqueira do PT de Dilma Rousseff, Kátia Rabelo, do Banco Rural, cumpre pena na Papuda, condenada que foi pelo STF por operar juntamente com os mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo e José Genoino.
Convém salientar: os empresários que apoiam Aécio Neves e Marina Silva não se valeram dos préstimos do diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Yussef, delatores do Petrolão, e que se encontram presos em Curitiba por receberem propina e lavarem dinheiro sujo.
Criticar falta de experiência dos candidatos Aécio Neves e Marina Silva não passa de um grande mentira da candidata Dilma Rousseff. Aécio foi deputado federal, presidente da Câmara dos Deputados, governador por dois mandatos de Minas Gerais e senador da República. Marina foi vereadora, deputada, senadora da República e ministra de Estado.
Do PT de Dilma, diga-se de passagem. Dilma foi o quê mesmo? Jamais disputou um cargo público, tendo chegado somente à presidência da República na garupa do ex-presidente Lula. Dilma é uma fraude.
01 de outubro de 2014
Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito
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