Esta charge-chula, de quatro anos atrás, ficou atualíssima com a recente denúncia da revista Veja de que o coordenador da campanha passada de Dilma, Antônio Palocci, teria pedido R$ 2 milhões ao esquema Paulo Roberto Costa/Alberto Yousseff, a dupla processada na Lava Jato. O pássaro misterioso volta a entrar na reta da candidata a perder a reeleição...
No debate promovido pela TV Record no último domingo, 28 de setembro, Dilma afirmou que foi ela quem deu autonomia à Polícia Federal para prender o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Foram as seguintes, as palavras textuais de Dilma: “Na minha vida eu tive tolerância zero com crimes de corrupção. Eu, além disso, dei autonomia à Polícia Federal para prender o senhor Paulo Roberto e os doleiros todos”.
Diante de tais palavras, Aécio retrucou: “Apenas um alerta à presidente: ela não tem que autorizar a Polícia Federal a prender ninguém. Essa é uma prerrogativa constitucional da Polícia Federal”.
Das duas, uma: ou a afirmativa de Dilma é uma deslavada mentira, ou é uma verdade que foi omitida do público até aquele momento por mero oportunismo.
Caso Dilma tenha mentido, esse condenável procedimento foi ainda agravado pelo fato de a atual presidente da República ter, mais uma vez, aviltado a reputação da Polícia Federal.
Quanto à relação de Dilma com citada instituição, é recomendável a leitura dos dois artigos publicados no Alerta Total de 24 de setembro de 2014: “Desmascarando Dilma” e “Polícia Federal é do Brasil”.
Caso não tenha mentido, e, realmente, tenha influenciado a Polícia Federal, fica constatado que Dilma se omitiu, escondendo da população este fato relevante. E só veio a se manifestar porque ficou acuada, sem ter como minimizar sua responsabilidade em escândalos de corrupção envolvendo a empresa cujo Conselho de Administração era por ela presidido.
Mais: na hipótese de Dilma ter omitido que desempenhou o papel principal no desbaratamento da petroquadrilha, lícito torna-se concluir que sua omissão foi para evitar a ira dos companheiros denunciados pelo “delator premiado”.
Outra coisa que causa espanto é ver que (para afirmar que não compactua com crimes de corrupção) Dilma continua insistindo no desgastado bordão “tolerância zero”.
Diante do ostensivo uso do bordão que imortalizou o cômico Francisco Milani, sinto-me cada vez mais estimulado a saber o que aconteceu com o depoimento por mim dado à Polícia Federal contra a Gemini – a filha devassa da Petrobras, parida no período em que Dilma acumulava os cargos de Ministra de Minas e Energia e presidenta do Conselho de Administração da Petrobras.
Detalhes de tal depoimento podem ser vistos no vídeo “Dilma e as investigações da Polícia Federal”, cujo endereço se segue:
01 de outubro de 2014
João Vinhosa é Engenheiro.
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