"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

DOLEIRO YOUSSEF, LIGADO AO HOMEM-BOMBA, PROMETEU CARGO NO "GOVERNO PADILHA"

NO RASTRO DA TRAMÓIA DUAS CANDIDATURAS DO PT JÁ FORAM PARA O BREJO.

Um retrato do esfacelamento do PT: Gleisi Hoffmann que queria ser candidata ao governo do Paraná e Alexandre Padilha que queria ser candidato ao governo de SP) e no meio o homem-bomba André Vargas. 
O doleiro Alberto Youssef prometeu à também doleira Nelma Kodama ajudar a beneficiar um delegado da Polícia Civil caso Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo de São Paulo, seja eleito em outubro.

A promessa foi feita por Youssef no dia 5 de março, em conversa por Blackberry Messenger, e aparece em relatório da Polícia Federal sobre as mensagens interceptadas, com autorização da Justiça, durante a operação Lava-Jato. 
"Se o Padilha ganhar o governo, ajudo ele e muito", disse Youssef na mensagem para Nelma, por volta das 13 horas. 
 
A conversa começou com uma pergunta da doleira: "Você tem acesso ao delegado-geral do Estado de São Paulo?". Ela estava interessada em indicar um delegado para trabalhar no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), unidade especializada no combate a organizações criminosas como as chefiadas por Youssef e Nelma. O nome do apadrinhado da doleira não foi mencionado na conversa. 
 
Youssef e Nelma foram presos na operação Lava-Jato e são considerados pivôs de um esquema de lavagem de 10 bilhões de reais nos últimos anos. Era apenas uma promessa - de doleiro para doleiro. Mas fica clara a demonstração dada por Youssef de que o doleiro se achava capaz de influenciar governos - ou pelo menos governos do PT. 

Outras conversas interceptadas pela Polícia Federal mostraram que o doleiro e o deputado federal André Vargas (PT-PR) tratavam contratos assinados com o Ministério da Saúde, comandado por Alexandre Padilha de janeiro de 2011 a fevereiro de 2014, como uma oportunidade de "independência financeira".

Em dezembro do ano passado, o Labogen, um laboratório de fachada comandado por Youssef, conseguiu assinar um contrato com o Ministério da Saúde para produzir um medicamento em parceria com a EMS e o Laboratório da Marinha.
O negócio permitiria um ganho de 31 milhões de reais. A parceria foi cancelada pela pasta depois que as investigações da operação Lava-Jato mostraram que laranjas do doleiro tiveram contato com diretores do ministério. 

O Labogen chegou a contratar Marcus Cezar Ferreira de Moura, ex-assessor de Padilha no Ministério da Saúde, para atuar como lobista em Brasília.
Em conversa do deputado federal André Vargas (PT-PR) com Youssef, Vargas diz que Moura foi indicado para contratação por Padilha. 
Padilha disse na segunda-feira que interpelou judicialmente Vargas para que ele explique o uso de seu nome em conversas com o doleiro. O ex-ministro nega que tenha relações com o doleiro.
 
Do site da revista Veja

30 de abril de 2014
in aluizio amorim

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