O destino dos 11 presos do mensalão em Brasília só será definido amanhã. Os nove homens dormiram esta noite no presídio da Papuda em uma ala emprestada para a Polícia Federal, e as duas mulheres condenadas, separadamente na Superintendência Regional da PF. Todos estão sob custódia da PF ainda. Isso porque há confusão sobre a questão das cartas de sentença, documentos emitidos pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e relator do caso, Joaquim Barbosa, que determinam para onde cada condenado deve ir cumprir pena.
A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal afirma que não recebeu ainda formalmente as cartas, mas a Folha apurou que elas foram enviadas ontem mesmo pelo STF. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do DF, não há plantão na vara nos finais de semana e por isso é provável que o juiz titular só análise os casos amanhã. A assessoria afirma ainda que o que foi feito até agora foi a execução penal ordenada por Joaquim Barbosa.
A carta de sentença determina o regime ao qual o preso está designado --determinando assim se ele vai para uma unidade fechada ou semiaberta, na qual após um trâmite judicial ele recebe ou não a autorização para trabalhar em um local credenciado durante o dia.
Advogados de defesa dos réus queixam-se da situação, afirmando que é abusivo deixar os condenados presos sem determinar seu regime de detenção. Um advogado a serviço do escritório que defende Delúbio Soares esteve hoje cedo na Papuda, mas não quis dar detalhes sobre como está o cliente. Apenas disse que visitas de familiares só deverão ser permitidas depois da definição do destino dos presos.
(Folha Poder)
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