"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 17 de novembro de 2013

"FUGA DE HENRIQUE PIZZOLATO, QUADRILHEIRO DE LULA, É COISA DE PAÍS MEQUETREFE"

Fuga de Pizzolato é coisa de país mequetrefe


O delegado Marcelo Nogueira, da Polícia Federal, observado por colegas, recebe telefonema do advogado Marthius Lobato sobre a fuga de Henrique Pizzolato (Foto: Cecília Ritto)
O delegado Marcelo Nogueira, da Polícia Federal, observado por colegas, recebe telefonema do advogado Marthius Lobato sobre a fuga para a Itália do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato (Foto: Cecília Ritto)

Amigas e amigos do blog, é nisso que dá a legislação frouxa e as autoridades “compreensivas” que temos “neztepaiz”: o ladravaz condenado Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil durante o lulalato e personagem de proa do processo do mensalão, se manda para a Itália, lançando mão da dupla nacionalidade de que dispõe, para escapar da merecida cadeia a que foi condenado no Brasil.
 
Pergunto: adianta condenar, oito anos depois de denunciada a bandalheira, após ingente trabalho do Supremo Tribunal Federal consubstanciado em 50 mil páginas de processo, se não há a menor preocupação de manter vigilância sobre os condenados depois que se tornou claríssimo que haveria condenação?
 
Pergunto de novo: adianta confiar na palavra de réu condenado, que prometia se apresentar?
 
Pergunto ainda uma vez: se ele escapuliu de Ponta Porã (MS) para Pedro Juan Caballero, no Paraguai, de onde seguiu para a Europa, como fica a vigilância de nossas fronteiras?
 
Neste caso, como em tantos outros, agimos como o que somos: um país mequetrefe, de terceira categoria, que não leva nada a sério, que não se dá o respeito, cujas autoridades, por negligência, debocham do povo brasileiro — um país que agora é humilhado internacionalmente por um criminoso de colarinho branco se dizendo perseguido político em plena vigência de um regime democrático.
 
E — ironia das ironias — o condenado foragido alega buscar uma suposta “justiça” na Itália, a mesma Itália onde o lulalato alegava que o terrorista e assassino Cesare Battisti seria “perseguido” caso fosse, como deveria, extraditado do Brasil para lá pagar por seus crimes.
 
Agora, toca “eztepaiz” a lançar mão de toda uma série de providências jurídicas e diplomáticas intermináveis, de resultado incerto — uma vez que, sendo formalmente cidadão italiano, mesmo que ele desconheça por completo o idioma, é bem possível que a Itália não extradite Pizzolato para o Brasil –, para que o criminoso cumpra, aqui, sua pena.
 
Para ver a trabalheira que dará tentar trazer o ladrão de volta, e constatar o cinismo de quem, ainda por cima, critica a Justiça — e, naturalmente, a imprensa — do país, leiam a reportagem do site de VEJA intitulada Pizzolato foge para a Itália e debocha das autoridades brasileiras.

17 de novembro de 2013
Ricardo Setti - Veja

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