Gabinete do presidente da Fundação do Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit, foi alvo de operação. Entidade tem R$ 180,2 milhões para aplicar em convênios
Polícia Civil do DF apreendeu documentos no gabinete do presidente da Fundação do BB (Adriano Machado/Bloomberg/Getty Images)
A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu documentos - dois DVDs e um CD - no gabinete do presidente da Fundação do Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit. A entidade é suspeita de desvio de dinheiro repassado a ONGs e instituições que investem em projetos sociais.
A polícia levou também seis computadores de outros servidores do órgão. A operação ocorreu na última quinta-feira e é conduzida em sigilo.
Vinculada ao Ministério da Fazenda, a Fundação repassou 223,9 milhões de reais para 937 convênios ou contratos com outras entidades. Em 2013, ela tem 180,2 milhões de reais para aplicar.
Ex-candidato do PT ao governo de Roraima e ligado ao movimento sindical, Jorge Streit foi indicado ao cargo em 2010 pelo partido. A polícia se surpreendeu com o fato de ele não utilizar o computador da fundação, mas um notebook. A polícia copiou todas as informações de uma central dos computadores na expectativa de acessar troca de informações por e-mail e dados.
O esquema, segundo investigadores, está incorporado ao modus operandi da fundação e só foi descoberto porque uma servidora colaborou. A polícia não descarta pedir o afastamento de Streit, se ele interferir na investigação.
Procurado, Streit não quis comentar. A fundação está colaborando com a polícia. Ela já foi investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, no Congresso Nacional, por repasses feitos a uma ONG de Jorge Lorenzetti, conhecido como churrasqueiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ONG tinha quatro contratos com a fundação até o ano passado.
05 de setembro de 2013
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