"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A ABJETA RETRATAÇÃO DO JORNAL O GLOBO

           
          Media Watch - O Globo 
corvosO Brasil está novamente à frente do mesmo abismo e hoje não existem mais homens de coragem e honra para enfrentar este abismo!

Cría cuervos y te sacarán los ojos.


No último domingo o jornal O Globo publicou uma dos mais abjetos e repugnantes editoriais já publicados na imprensa brasileira: "Foi um erro editorial o apoio ao golpe de 1964".

Tenho recebido inúmeras cartas que, enviadas para o jornal, não foram publicadas nem seus remetentes receberam qualquer resposta. Pensei em publicá-las, mas como o teor de cada uma difere das demais, decidi escrever este artigo.

Em primeiro lugar não foi um erro editorial, mas uma opção ideológica de Roberto Marinho, então redator-chefe. E hoje seus filhos e herdeiros intelectuais e membros da redação tentam corrigir o pai e mentor. Por que não admitem que foi uma opção ideológica clara num Brasil à beira do abismo comunista? Todos os jornais sérios da época assumiram a mesma posição, como o próprio Globo admite numa busca covarde, rasteira e repugnante de companhia para se desculpar. Por que, repito?

Porque o Brasil está novamente à frente do mesmo abismo e hoje não existem mais homens de coragem e honra para enfrentar este abismo! Compare-se Carlos Lacerda com Sérgio Cabral, Adhemar de Barros com Alckmin, Magalhães Pinto com Anastasia, Ildo Meneghetti com Tarso Genro. Compare-se a atual cúpula militar com a daquela época: Peri com Castello Branco? Só rindo! Ou chorando de raiva de ver em que se acabaram as chamadas Forças Armadas – eram Armadas, hoje desarmadas não somente de material bélico, mas também de coragem e honra!

Mas este ‘erro editorial’ tem culpados diretos, um deles o próprio Roberto Marinho: ao abrigar comunistas em sua redação e acompanhá-los nos depoimentos ‘para que não desaparecessem’, criava corvos que agora picam seus olhos mortos, pois corvos adoram carniça e temem os vivos. Só são corajosos quando o inimigo está morto.

Culpadas também as autoridades da época – a ser verdade que Roberto respondera ao ministro da Justiça ‘cuide de seus comunistas que eu cuido dos meus’ – ajudaram a alimentar os corvos. Estes, hoje montam as ‘comissões da verdade’.

Mas este fato mesmo desmente que havia uma ditadura no país! Imaginem o redator de um jornal alemão dizer isto ao Paul Joseph Goebbels! Ou um russo dizendo o mesmo a Beria! Ou a algum dos irmãos Castro? Cabia ao ministro dar ordem de prisão ao Dr. Roberto e a todos os ‘seus’ comunistas e fechar o jornal. Não o fez, alimentou corvos que hoje também lhe picam os olhos assim como a todas as autoridades militares e civis da época.

Em "King Lear", Shakespeare escreveu: how sharper than a serpents tooth it is to have a thankless child! (Tão afiado como o dente de uma serpente é ter um filho ingrato!). É tão idiota esperar gratidão de um comunista quanto esperar que uma cascavel não lhe morda.

Ayn Rand entendia disto. Fugira da União Soviética em 1926, foi uma das denunciantes da infiltração comunista em Hollywood para o Comitê de Atividades Antiamericanas da Câmara de Representantes (House Un-American Activities Committee) (não confundir com o Senate Committee on Government Operations, presidido por McCarthy), juntamente com Ronald Reagan, Robert Taylor, Jack Warner, Louis B. Mayer e Gary Cooper. Desafiada a mostrar o que via deu um impressionante e arrasador testemunho sobre o filme The Song of Russia, de 1941, estrelado por Robert Taylor.

Sendo uma das maiores defensoras da liberdade de pensamento, assim se expressou quando foi censurada por denunciar colegas: ‘O princípio da liberdade de expressão requer que não passemos leis proibindo (os comunistas) de falar. Mas este princípio não implica em que devemos dar a eles emprego e apoio para defenderem nossa destruição às nossas custas’ [i].
Roberto Marinho deu. Aí está a resposta!

05 de setembro de 2013
Heitor De Paola

Nota:
[i] A quem interessar ler seu depoimento, acesse: http://www.noblesoul.com/orc/texts/huac.html

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