"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

AS DUAS BOLAS DO OLAVO DE CARVALHO


Perdendo meu tempo lendo um “estudo” onde Olavo tem a pretensão de desmascarar a Física Newtoniana, eis que me deparo com uma pérola de “silogismo” que só poderia ser atribuída a um erro de transcrição, caso o ilustre filósofo não fosse chegado a se enrolar em presepadas, botando seu boné aonde não pode alcançar. Vejam só o que o “intelectual geocentrista” cometeu:
 
“Citando célebre passagem de Aristóteles nos Analíticos Posteriores (An. Post. A, 11, 77a 10-22), o lógico polonês assevera que o seguinte silogismo seria válido, de acordo com os postulados do Estagirita:
B é A (e também não é não-A)
C, que é não-C, é B e não-B
C é A (e não é também não-A)
 
O silogismo anterior é, portanto, válido, embora a lei da não-contradição seja violada. Meus parcos conhecimentos de silogística não me permitem verificar se, de facto, o silogismo proposto por Lukasiewicz é válido ou não no quadro da lógica aristotélica; no entanto, se o lógico polonês estiver correto, será imperativo aceitarmos a existência de leis válidas de raciocínio que independem do princípio da não-contradição.”
 
Quiuspariu! Isso não é silogismo, é uma estupidez!
 
Senão vejamos: o que realmente importa é que B é A e que C é B, o resto entra como pendurucalho. Portanto se B=A e C=B, é óbvio que C=A, pombas!
 
Essa babaquice que Olavo cita como silogismo - ainda bem que ele confessa seus “parcos conhecimentos de silogística” - lembra uma piada antiga:
 
A professora entra na sala e logo pergunta:
- Pedrinho, o que é que tem quatro pés, faz miau, sobe no telhado e tem uma azeitona no nariz?
- Azeitona, fessora, sei não.
- É gato, Pedrinho, a azeitona foi só pra complicar.
Novamente a professora pergunta:
- Luizinho, o que é que tem asa mas não voa, tem bico mas não bica, se coloca leite e café dentro e tem uma goiaba na boca?
- Goiaba, fessora, sei não.
- É bule, Luizinho, a goiaba foi só pra complicar. Agora pergunta para mim, Juquinha - diz a professora.
- Fessora, o que é que é comprido, roliço, tem a ponta vermelha, as mulheres gostam de pôr na boca e tem duas bolas?
Aprofessora, furiosa, esbraveja:
- Juquinha, você está expulso da aula!
-Calma, fessora, é batom. As duas bolas foram só pra complicar!
 
Pois é. As duas bolas do Olavo se chamam “lei da não-contradição”...
 
05 de setembro de 2013

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