"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

HISTÓRIAS MAL CONTADAS



 
Bem se diz que as versões dos fatos é que fazem a história. A imagem que nós, brasileiros, temos de D. Pedro I, montado em garboso cavalo às margens do Ipiranga, exclamando “Independência ou morte”, nos foi transmitida e fixada pelo quadro de Pedro Américo, mas sabe-se lá como foi mesmo o episódio…
 
Penso que ninguém acredita 100% em algo e que cada um tem sua imaginação particular sobre tudo. Estamos vivendo esse episódio da invenção bolivariana da submissão dos povos pela medicina, como se Cuba pudesse ser exemplo para algum procedimento humano. Na Venezuela, o contrato de ocupação daquele país foi feito para 20 mil médicos. Muitos já fugiram ou foram mandados de volta, se não foram sumidos… Aqui, são 4.000 que ganharão menos que um salário mínimo nosso e não podem pedir asilo, nem ter vida própria. São máquinas de fazer dinheiro para os Castro, e acho que poderão tomar banho…
 
O fato é que o governo quer fazer crer que os médicos brasileiros não querem nada com a dureza e preferem fazer qualquer coisa a clinicar no interior bravo do país. Para mim, que, orgulhosamente, sou filho de médico nascido no interior do Ceará e que viveu no Vale do Jequitinhonha (Itinga, Rubim e Salinas), essa é a versão míope de um governo caolho, que quer que a medicina seja exercida agora nos moldes da época do “grito do Ipiranga”, quando tudo acontecia por intuição do profissional.
 
DETALHE

Hoje, a intuição é apenas detalhe, substituída que foi pela tecnologia. Não mais se concebe a ideia de médico amputando com serrote de serrar madeira a perna gangrenada de um paciente. Vi meu pai fazer isso e, sem antibióticos, salvar a vida de um alemão que vivia naqueles cafundós de Minas no princípio dos anos 40. Eu era menino, não conhecia a eletricidade nem gelo e achava que o mundo era assim. Agora, parece que o governo não só acha como também age como se fosse assim.
 
Não sou contra a importação de médicos estrangeiros. Sou contra a forma como são trazidos para cá, como escravos ou robôs que só ouvem e obedecem. Diz o ditado que “os erros médicos a terra encobre”. Quem assumirá os erros nessa politicagem demagógica e irresponsável?
 
O Estado brasileiro e Cuba assinaram um contrato de prestação de serviço, que estabelece que pagaremos mensalmente à ditadura dos Castro pelo trabalho escravo dos cubanos. Foi observada a Lei 8.666 de 1993 – a Lei das Licitações? O TCU está de acordo com essa irregularidade ou o Brasil entende que, pela natureza singular do trabalho, a contratação pode ser realizada sem licitação?
 
A Constituição Federal de 88, em seu Artigo 37, inciso XXI, estabelece que a licitação é procedimento obrigatório em todas as aquisições de bens e contratações de serviços e obras, bem como na alienação de bens, realizadas pela administração, no exercício de suas funções. Além de tudo, essa contratação sem licitação é uma história mal contada, que prova que o governo “petralha” faz disso aqui um “remake” da Casa de Mãe Joana…

05 de setembro de 2013
Sylo Costa

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