"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 30 de maio de 2017

CORRUPÇÃO É A CARACTERÍSTICA COMUM AOS ASSESSORES ESCOLHIDOS POR TEMER


Charge do Mário (Arquivo Google)
Não bastasse ter o núcleo duro de seu governo atingido por denúncias, Michel Temer também viu, nos últimos seis meses, os aliados que viviam à sua sombra serem colocados sob suspeita. Delações e investigações da Polícia Federal atingiram de amigos de longa data a assessores do Palácio do Planalto. As acusações dos executivos da JBS, tornadas públicas no último dia 19, trouxeram para os holofotes até pessoas ligadas a Temer que estão longe da política. Próximo ao peemedebista desde os anos 1980, o policial militar aposentado João Batista Lima Filho, conhecido como coronel Lima, teria recebido, segundo depoimento de Ricardo Saud, da JBS, R$ 1 milhão do “dinheiro que Temer roubou para ele do valor pago pelo PT para comprar o apoio do PMDB a Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2014”.
Lima faz parte do trio de amigos mais íntimos do presidente, ao lado de José Yunes – ex-assessor especial da Presidência que deixou o cargo em dezembro após um executivo da Odebrecht revelar que ele recebeu R$ 1 milhão em 2014 – e de Wagner Rossi — também citado na delação da JBS. “São as pessoas que ele mais confia. São relações de décadas. Os três têm grande intimidade com o Michel” — conta um peemedebista.
MARQUETEIRO – Outro integrante do núcleo paulista atingido pela delação da JBS foi o marqueteiro Elsinho Mouco, que trabalha com Temer há mais de 15 anos.
Entre o grupo formado pelo presidente durante o seu período na Câmara e levado ao Planalto, foram acusados o deputado Rodrigo Rocha Loures e ex-assessores especiais Sandro Mabel e Tadeu Filipelli, que foi preso semana passada.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não se pode esquecer o deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB-SP), que recebeu R$ 600 mil da Odebrecht, com o codinome “Benzedor”. Ele é aliado de Temer no velho esquema do Porto de Santos. Pelo menos três ex-presidentes da Cia. Docas de São Paulo foram indicados por Temer — um deles é o ex-ministro Wagner Rossi, que, segundo o empresário Joesley Batista, recebeu “um mensalinho” de R$ 100 mil, a pedido de Temer, depois de demitido do Ministério da Agricultura. (C.N.)


30 de maio de 2017
Sérgio Roxo e Cleide Carvalho
O Globo

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