O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ANDPF), Carlos Eduardo Sobral, afirmou, neste domingo, dia 28, por meio de nota, ter preocupação com a troca no Ministério da Justiça – definida pelo presidente Michel Temer. A entidade também ressaltou a autonomia necessária ao cargo de diretor-geral da PF.
O peemedebista decidiu afastar o ministro da Justiça, Osmar Serraglio. As conversas sobre a escolha do sucessor ocorreram neste domingo. O substituto será Torquato Jardim, que era ministro do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. À tarde, Serraglio será transferido para a vaga de Torquato, segundo revelou a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.
INTERFERÊNCIAS – “Os Delegados de Polícia Federal foram surpreendidos com a notícia da substituição, até mesmo porque desconhecem qualquer proposta de Torquato Jardim para a Pasta. É natural que qualquer mudança no comando do Ministério da Justiça gera preocupação e incerteza sobre a possibilidade de interferências no trabalho realizado pela Polícia Federal”, afirma o presidente da associação.
O representante considerou fundamental a aprovação, no Congresso, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412/2009, que garante a autonomia funcional, administrativa e orçamentária à PF.
“Além da autonomia, também é essencial que seja instituído o mandato para diretor-geral da PF, de modo que mudanças de governo ou de governantes não reflitam em interferências políticas, cortes de recursos e de investimentos que prejudiquem as ações da Polícia Federal”, ressaltou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O novo ministro já afirmou a Daniela Lima, da Folha, que vai avaliar com o presidente Temer as mudanças na Polícia Federal.(C.N.)
30 de maio de 2017
Deu no Estadão
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