Charge do Sponholz (sponholz.arq.br) |
Com perspectiva pessimista sobre as acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sindicalistas lançarão nos próximos dias uma campanha internacional em defesa do petista.
Um vídeo sobre a trajetória política de Lula, hoje réu em três ações na Justiça, será encaminhado a organismos como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), além dos sindicatos em 155 países associados à CSI (Confederação Sindical Internacional), que responde pela campanha.
Diretores do Instituto Lula, o ex-ministro Paulo Vannuchi e a ex-assessora especial da Presidência Clara Ant acompanharam a produção da peça para evitar eventuais inconformidades.
CONTESTAR ACUSAÇÕES – O objetivo é contestar as acusações que pesam contra o ex-presidente por suposta corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa, tráfico de influência e tentativa de obstruir a Justiça.
O vídeo termina com Lula dizendo que “não quer nenhum privilégio, só o direito a um julgamento justo” e que “só não aceita a mentira”.
Os advogados do ex-presidente também expõem o argumento da defesa, de que não há provas consistentes nas acusações, que seriam, no seu entendimento, movidas por interesses políticos.
“É medo de o Lula se candidatar a presidente em 2018”, disse João Felício, presidente da CSI, organização que reúne 180 milhões de sindicalistas associados.
PRISÃO DE LULA – “Estou muito apreensivo e preocupado com o que pode ocorrer neste país. Prender uma pessoa assim, por mera suposição, é absurdo”, afirmou o dirigente sindical.
Na versão que já está finalizada, de sete minutos, Lula aparece em gravações feitas após ser alvo de condução coercitiva e em manifestação contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
A peça sustenta que a mídia brasileira “descreve, mas não explica os fatos”, e assim normaliza uma “encenação”, na qual o juiz Sergio Moro é tido como um “herói” e o indiciamento de Lula é tratado como condenação.
REPERCUSSÃO NO BRASIL – A expectativa é que a campanha também ressoe no Brasil, com a promoção do vídeo no Congresso Nacional, universidades, movimentos sociais e entre formadores de opinião.
Apoiadores do ex-presidente vivem momentos de tensão com a expectativa, espalhada na internet, de que ele possa ser preso em breve.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Trata-se, apenas, de exercício do “jus sperniandi”. Em qualquer país minimamente sério, Lula e seus principais cúmplices, como Luciano Coutinho, do BNDES, já teriam sido algemados e estariam cumprindo penas intermináveis. (C.N.)
19 de outubro de 2016
Thais Bilenky
Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário