Do ponto de vista politico, Dilma Rousseff já perdeu. Pelo número de senadores que votaram e votarão contra ela, no final de agosto, não há saída. Mais de 54 apoiarão Michel Temer. O problema, porém, pode mudar de figura quando se analisa o julgamento de Madame à luz da ciência do Direito. Como enquadrá-la juridicamente? Não cometeu crime algum capaz de levá-la a perder o mandato, por mais que o senador Antônio Anastasia, relator, tenha sido brilhante em sua exposição.
Como o processo de impeachment é tanto jurídico quanto político, tudo indica que hoje a presidente afastada não escaparia.
Mesmo assim… Mesmo assim, certeza não há. Por um voto que seja, no Senado, Dilma deixará de perder definitivamente o mandato, retornando à presidência da República. Trata-se de uma decisão ainda inconclusa.
Michel Temer, presidente interino, reuniu número suficiente permanecer no palácio do Planalto, mas até o dia da votação, as coisas podem mudar. Existem senadores ainda indecisos, bem como outros em silêncio. Temer favorece seus partidários, liberando verbas e favores como não faria e não fará depois de vitorioso. Enquanto isso, o país transita em frangalhos, com tudo dando errado.
Parece abandonada a proposta da realização de novas eleições presidenciais e até gerais logo depois de concluído o impeachment. O Congresso não concordaria.
02 de julho de 2016
Carlos Chagas
02 de julho de 2016
Carlos Chagas
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