"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 2 de julho de 2016

NOVAS ELEIÇÕES, SUGESTÃO ABANDONADA



Charge do Son Salvador, reproduzida do Estado de Minas
Do ponto de vista politico, Dilma Rousseff já perdeu. Pelo número de senadores que votaram e votarão contra ela, no final de agosto, não há saída. Mais de 54 apoiarão Michel Temer. O problema, porém, pode mudar de figura quando se analisa o julgamento de Madame à luz da ciência do Direito. Como enquadrá-la juridicamente? Não cometeu crime algum  capaz  de levá-la a perder o mandato, por mais que o senador Antônio Anastasia, relator, tenha sido brilhante em sua exposição.
Como o processo de impeachment é tanto jurídico quanto político, tudo indica que hoje a presidente afastada não escaparia.
Mesmo assim… Mesmo assim, certeza não há.  Por um voto que seja, no Senado, Dilma deixará de perder definitivamente o mandato, retornando à presidência da República. Trata-se de uma decisão ainda inconclusa.
Michel Temer, presidente interino, reuniu número suficiente permanecer no palácio do Planalto, mas até o dia da votação, as coisas podem mudar. Existem senadores ainda indecisos, bem como outros em silêncio. Temer favorece seus partidários, liberando verbas e favores como não faria e não fará depois de vitorioso. Enquanto isso, o país transita em frangalhos, com tudo dando errado.
Parece abandonada a proposta da realização de novas eleições presidenciais e até gerais logo depois de concluído o impeachment. O Congresso não concordaria.

02 de julho de 2016
Carlos Chagas

Nenhum comentário:

Postar um comentário