Quando o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, deu entrevista anunciando que não será candidato (o prazo fatal para sua desincompatibilização e filiação partidária termina no próximo dia 5), a presidente Dilma Rousseff comemorou muito. Motivo: já estava praticamente certo que o candidato do PT seria Lula, caso o presidente do Supremo entrasse na disputa.
Logo em seguida, Dilma teve novo alívio, quando Lula disse que só será candidato novamente em 2018. Mas a verdade é que a presidente ainda tem motivos de preocupação. Sua candidatura só será decidida no final de junho, quando o PT realizar a convenção. Até lá, nada está decidido.
ACORDO QUEBRADO
Quando Lula lançou e bancou o nome de Dilma Rousseff para a Presidência em 2010, era óbvio que se tratava de um mandato-tampão, para ocupar o espaço e facilitar a volta de Lula ao Planalto em 2014.
Mas acontece que ele teve câncer, Dilma começou a ganhar cada vez mais apoio popular e o ex-presidente se viu metido em diversas encrencas, como o Mensalão, o Rosegate e agora as denúncias de Romeu Tuma Jr., de que Lula era informante do DOPS no regime militar.
Dilma Rousseff então ficou mais à vontade para reivindicar a candidatura à reeleição, e Lula recolheu os flapes, como se diz na linguagem da aviação.
Mas acontece que o PT não se conforma com isso e quer Lula de volta, porque ele tem muito mais traquejo político e está à frente de Dilma nas pesquisas, sendo considerado praticamente imbatível.
NA CONVENÇÃO
A esdrúxula situação somente será resolvida no final de junho, quando o PT realizar a convenção para escolher o candidato à Presidência.
A confirmação do nome de Dilma Rousseff vai depender de duas variáveis: o comportamento das pesquisas eleitorais e a situação da economia. Se a popularidade dela cair, como já aconteceu uma vez, ou se a economia entrar em crise, o substituto está pronto para entrar em campo. Aliás, já encomendou até o uniforme e a chuteira nova.
Nessa hipótese, Dilma ficará literalmente desempregada, já que não poderá concorrer a nenhum outro cargo eletivo, pois seu prazo de desincompatibilização se esgota no próximo dia 5.
Que situação, hein?
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