Cinquenta e dois anos depois, as peças essenciais continuam envoltas em sombras. A principal delas chama-se Jack Ruby. A 22 de novembro de 63, Lee Oswald alvejou o presidente dos Estados Unidos numa rua de Dallas.
CONTRADIÇÕES – Muitas hipóteses foram levantadas a respeito do assassino. Uma delas a de que Oswald teria estado na União Soviética, outra a de que tentara, no México, obter um visto para Cuba. Caminhos estavam sendo abertos para uma investigação mais profunda. Havia razões de sobra para acreditar na sua sequência. Isso porque foi instaurada uma Comissão de Inquérito presidida pelo juiz da Corte Suprema Earl Warren, conhecido por sua total integridade e capacidade.
Entretanto, dois dias depois do atentado, Lee Oswald era conduzido a uma dependência policial no Texas para prestar seu primeiro depoimento. Estava escoltado quando em meio aos seguranças emergiu na delegacia Jack Rubi, proprietário de um bar noturno em Dallas, pelo visto amigo de policiais porque, caso contrário, não estaria em sua companhia. Jack Ruby estranhamente aproximou-se de Oswald , sacou um revólver da cintura e desferiu dois tiros fatais à queima roupa.
SEM NEXO – O assassino do presidente era assassinado por um personagem que inexplicavelmente conseguiu dele se aproximar em plena dependência policial. As televisões do mundo todo imediatamente reproduziram a cena. Os jornais, no dia seguinte, publicaram as fotografias que ingressavam na história.
Jack Ruby afirmou ter atirado porque ficara revoltado com o assassinato do presidente dos EUA. Foi só essa sua explicação. Nenhuma outra a sucedeu , sobretudo porque pouco tempo depois morreria de leucemia numa prisão do Texas. O relatório Earl Warren deparou-se com obstáculo da falta de nexo aparente entre as duas situações.
A falta de nexo permanece e o enigma foi remetido para os arquivos que neste momento são objeto de reabertura. Entretanto difícil será obter algum fato concreto, alguma ponte, que possa unir Lee Oswald e Jack Ruby num encadeamento lógico que conduziu ao crime.
NÃO CONVENCEM – Muitas versões circulam até hoje, porém nenhuma delas convincente e, sobretudo, capaz de iluminar a memória do FBI, naquela época chefiado por J Edgar Hoover. Aliás, Hoover somente deixou o posto quando morreu. E possivelmente levou para o túmulo o segredo de suas investigações.
Não somente o segredo de suas investigações como também provavelmente o mistério de omissões das quais somente ele conseguiu saber.
O assassinato do presidente Kennedy será eternamente chamado de a tragédia de Dallas.
02 de novembro de 2017
Pedro do Coutto
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