A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, contrariando pedido da defesa de Michel Temer, defendeu o prosseguimento das investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o presidente em relação à edição de um decreto que trata do setor portuário. Na mensagem encaminhada ao relator do inquérito, o ministro Luís Roberto Barroso, Raquel Dodge destacou que há diligências (atividades da investigação) a cumprir.
A defesa do presidente Michel Temer havia informado o STF que contratos da Rodrimar foram analisados pela Secretaria Nacional dos Portos e houve uma recomendação em parecer para que nem todos os contratos fossem renovados. Com isso, os advogados pediam que Barroso reconsiderasse a decisão que autorizou a instauração do inquérito contra o presidente.
FALTAM DILIGÊNCIAS – Após o ministro do STF pedir manifestação do Ministério Público Federal sobre o caso, a procuradora-geral Raquel Dodge afirmou que a fase de diligências do inquérito serve justamente para a elucidação dos fatos. A instauração do inquérito, escreveu Raquel, é recente e as diligências acabaram de ser requisitadas pela Procuradoria.
Em seu entender, as diligências do inquérito são necessárias para a formação do juízo de valor do Ministério Público, de modo a apontar se será necessário pedir o arquivamento do caso ou oferecer denúncia.
“A fase inquisitorial tem como objetivo a completa elucidação dos fatos. Seu resultado será a base da formação do juízo de convencimento do MPF, resultando, ao final, em denúncia ou arquivamento”, disse Raquel Dodge, destacando que todo e qualquer documento juntado pela defesa será avaliado no momento oportuno. “É imprescindível a realização das diligências iniciais apontadas na manifestação com fito de esclarecer os fatos sob investigação”, acrescentou.
PEDIDO DE JANOT – O inquérito foi aberto por Barroso em agosto, após pedido feito pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot, depois de análise de documentos apreendidos na Operação Patmos, que deflagrou o caso J&F em maio, e interceptações telefônicas do ex-assessor Rodrigo Rocha Loures com Temer tratando sobre o decreto.
Os investigados são suspeitos dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. E nesta semana, Temer informou que irá responder por escrito às perguntas que receber em relação ao inquérito.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mais um pancada de Raquel Dodge em Temer, que pensou errado e teve a ilusão de dobrar uma instituição histórica como a Procuradoria-Geral da República. Temer tentou se transformar em “vítima” de Janot, gastou um bom dinheiro na mídia para “vender” essa tese, mas agora está tudo dando errado. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mais um pancada de Raquel Dodge em Temer, que pensou errado e teve a ilusão de dobrar uma instituição histórica como a Procuradoria-Geral da República. Temer tentou se transformar em “vítima” de Janot, gastou um bom dinheiro na mídia para “vender” essa tese, mas agora está tudo dando errado. (C.N.)
02 de novembro de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)
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