A votação que barrou o
andamento da segunda denúncia contra Michel Temer mostra que a base governista perdeu um terço de seu tamanho, em um esvaziamento que tem maior concentração em quatro grandes legendas, incluindo a do presidente da República, o PMDB. Desde o ano passado, quando conseguiu emplacar o teto de gastos federais com uma votação similar à do impeachment de Dilma Rousseff –367 dos 513 deputados–, Temer perdeu 116 cadeiras se levada em conta a votação da última quarta-feira (25).
andamento da segunda denúncia contra Michel Temer mostra que a base governista perdeu um terço de seu tamanho, em um esvaziamento que tem maior concentração em quatro grandes legendas, incluindo a do presidente da República, o PMDB. Desde o ano passado, quando conseguiu emplacar o teto de gastos federais com uma votação similar à do impeachment de Dilma Rousseff –367 dos 513 deputados–, Temer perdeu 116 cadeiras se levada em conta a votação da última quarta-feira (25).
Dessas dissidências, metade vem das bancadas de PSDB (32 a menos), que tem quatro ministérios, PMDB (8 a menos), PSD (9 a menos), que controla Fazenda e Comunicações, e DEM (8 a menos), do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).
ESVAZIAMENTO – A outra metade da erosão é devida principalmente a duas legendas que já abandonaram o Planalto, o PSB (18 deputados a menos) e PPS (7 a menos) – embora este mantenha a Defesa.
Apesar de comandar a articulação política do governo, com Antonio Imbassahy, os tucanos vivem um dilema há meses sobre a permanência ou não ao lado do Planalto.
O grupo do governador Geraldo Alckmin (SP) prega o rompimento e encontra apoio no presidente interino da sigla, o senador Tasso Jereissati (CE). A manutenção do apoio é assegurada principalmente pelo grupo ainda sob influência de Aécio Neves (MG), que teve o mandato restabelecido pelo Senado com o decisivo apoio do Planalto.
APOIO LIMITADO – Pertencente à ala mais simpática ao rompimento, o líder da bancada na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), afirma que o PSDB está atrelado a projetos e não a cargos.
“Continuaremos apoiando medidas importantes ao país”, afirma o tucano, para quem o Congresso deve aproveitar o momento para priorizar projetos de autoria de deputados e senadores, em detrimentos das medidas provisórias – principal instrumento do governo para legislar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com a aproximação da campanha sucessória, é normal que isso aconteça. Cada partido busca seu espaço na disputa pelo poder, antigas alianças se rompem, outras se formam, a política no presidencialismo de coalizão é assim mesmo. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com a aproximação da campanha sucessória, é normal que isso aconteça. Cada partido busca seu espaço na disputa pelo poder, antigas alianças se rompem, outras se formam, a política no presidencialismo de coalizão é assim mesmo. (C.N.)
02 de novembro de 2017
Ranier Bragon e Daniel Carvalho
Folha
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