Gilmar Mendes, o onisciente, onipotente e onipresente ministro do Supremo Tribunal Federal informou há dias que sua rotina é estafante: “Acho que me submeto a um trabalho exaustivo, mas com prazer. Eu não acho que faço trabalho escravo”. Não faz mesmo: escravo obedece, Gilmar só dá ordem. Mas é verdade que a agenda do juiz dos juízes está permanentemente congestionada.
Além de manifestar-se sobre todos os assuntos que chegam ao STF, sejam essenciais ou irrelevantes, o operário de toga dá palpite em qualquer tema, cuida de uma próspera instituição de ensino, almoça com o presidente da República e janta com parlamentares, intromete-se em miudezas políticas, preside o Tribunal Superior Eleitoral e administra pessoalmente a mais produtiva usina de habeas corpus do mundo.
Mesmo com tanta trabalheira, o ministro vem encontrando tempo para combater com crescente intensidade a Operação Lava Jato. O Brasil ficaria mais aliviado se Gilmar Mendes descansasse.
02 de novembro de 2017
Augusto Nunes
Veja
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