"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 12 de julho de 2016

CRISTOVAM ACUSA RENAN DE PREVARICAR AO NÃO INVESTIGAR DENÚNCIA DE CAIXA 2

CRISTOVAM ACUSA RENAN DE IGNORAR DENÚNCIA DE CAIXA 2 EM CAMPANHA

RENAN DISSE QUE DENÚNCIA FOI SOBRE CAMPANHA PRESIDENCIAL DE CRISTOVAM


Em meio a um debate no plenário sobre a proposta de abuso de autoridade, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) protagonizaram um bate-boca. Renan disse que a primeira "delação" que teve notícia foi a de que o tesoureiro da campanha presidencial do PDT à Presidência em 2006 - quando o senador concorreu ao Palácio do Planalto - trouxe denúncias de caixa dois. Em réplica, Cristovam disse que ele "prevaricou" ao não ter apurado o caso.

"O senhor prevaricou. Se chegou uma denúncia contra mim e o senhor não apurou, o senhor prevaricou, tinha que levar ao Conselho de Ética", protestou Cristovam, ao destacar que esse é mais uma motivo para não apoiar o projeto de Renan que altera a lei de abuso de autoridade.

Inicialmente, Renan disse ter ficado chocado com uma declaração de Cristovam de que patrocinou o projeto, a pedido do Supremo Tribunal Federal, por "motivações pessoais". Renan é investigado na Operação Lava Jato e recentemente teve contra si um pedido - negado pelo Supremo - de prisão apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Depois, o senador do PPS afirmou que a "sensação geral" é de que o projeto tinha por objetivo fazer com que os senadores se protejam. E disse que, por ter sido ele o autor da proposta, "fica ainda mais sobre o senhor". Renan negou esse intento e pouco depois fez a insinuação sobre irregularidades na campanha presidencial de Cristovam.

Cobrado pelo colega de Senado, Renan tentou contemporizar, disse que "nunca" levou em consideração a denúncia porque as delações precisavam ser regulamentadas e destacou que na ocasião não comandava o Senado. Cristovam insistiu e disse ter ficado "curioso" sobre o caso. "Então, vamos apurar, senador! Como o senhor deixou isso guardado?", questionou ele, ao ponderar que ele era senador, tendo "obrigação" de mandar apurar.

O bate-boca continuou. "O senhor prevaricou! O senhor prevaricou!", acusou Cristovam. "E o senhor? E o senhor?", rebateu Renan. "Eu não prevariquei!", afirmou Cristovam, em tréplica. "Se eu prevariquei, o que é que aconteceu com o senhor?", disse ainda Renan.

Cristovam repetiu não ter prevaricado e pediu que o presidente do Senado abra a apuração, que ele disse que iria pedir "agora oficialmente". Renan não disse mais nada e anunciou o começo das votações em plenário.



12 de julho de 2016
diário do poder

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