"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 14 de junho de 2016

SEXTO PEDIDO: RENAN DIZ QUE VAI ANALISAR PEDIDO DE IMPEACHMENT CONTRA JANOT

SENADOR DISSE QUE JÁ ARQUIVOU CINCO PEDIDOS, MAS ESSE VAI "ANALISAR"

SENADOR DISSE QUE JÁ ARQUIVOU CINCO PEDIDOS, MAS ESSE VAI "ANALISAR"


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu a entender que não rejeitará de pronto um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que foi protocolado na segunda, 13, no Senado. "Nos últimos meses, já arquivei cinco pedidos de impedimentos do procurador-geral da República, eu entendi que as petições eram ineptas. Essa, eu vou avaliar", disse.

O pedido foi feito por duas advogadas ligadas ao movimento pró-afastamento de Dilma Rousseff. Elas argumentam que Janot deu tratamento diferenciado a políticos do PT e do PMDB que estariam envolvidos em "situações análogas" na Lava Jato.

Em geral, Renan rejeita de imediato pedidos de impeachment contra ministros do Supremo e contra o procurador-geral, que devem ser protocolados obrigatoriamente no Senado e, cuja aceitação é avaliada monocraticamente pelo presidente da Casa. Recentemente, Renan foi flagrado em um diálogo em que chamava Janot de "mau caráter".

Em abril, Renan fez forte discurso no plenário do Senado após recusar um pedido de impeachment do ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, feito por integrantes Movimento Brasil Livre (MBL), que também defende o afastamento de Dilma Rousseff.

"Não podemos ser levianos com a democracia, nem subestimar a importância da separação dos poderes da República. É hora de o Legislativo ser Legislativo, de o Judiciário atuar como Judiciário e de o Executivo se portar como Executivo", disse à época.

Inquérito

Ao ser questionado sobre o pedido de impeachment de Janot, Renan se confundiu e entendeu que a pergunta era sobre o novo inquérito que o Supremo abriu nessa terça contra ele e outros membros da cúpula do PMDB. O presidente do Senado acabou dando uma declaração inesperada. "Lamento essa obsessão comigo", disse, desconsertado.

Mais cedo, Renan evitou comentar sobre a abertura de novo inquérito. As declarações foram feitas antes de o ministro do STF, Teori Zawascki rejeitar seu pedido de prisão feito pela PGR. (AE)



14 de julho de 2016
diário do poder

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