"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

ENTENDA COMO O PT COLONIZOU O BRASIL



Charge do Neto Silva, reprodução da internet


















Nos primeiros anos do governo Lula, brincava-se com o que se compreendia como uma presunção petista. Comentava-se – “O PT pensa que descobriu o Brasil”. Sob o novo governo, tudo era como “nunca antes na história deste país” e a própria narrativa histórica era refeita para se adequar a tais premissas. O petismo gerava grandes “novidades”! Descobrira a escravidão negreira e reacendia tensões raciais. Captara a existência de desigualdades sociais e manejava para produzir antagonismos a partir delas. Percebera desníveis de renda entre o Norte e o Sul do país e extraía daí as bases para o coronelismo de Estado lá onde, ainda hoje, alojam-se seus principais redutos. E assim por diante. Na alvorada do século XXI, o PT era o novo Cabral chegando com a modernidade aos botocudos brasileiros.
Tudo ficaria na base do transitório e jocoso, não fosse o fato de que o partido governante levava tudo aquilo muito a sério e tinha um projeto de poder que não admitia interrupção. Não que o projeto político para o país fosse uma preciosidade em si mesmo, mas porque o poder era por demais precioso ao partido.
José Dirceu, em um evento realizado aqui ao lado de onde escrevo, na cidade de Canoas, afirmou em 2009, textualmente: “Se o projeto político é o principal, o principal é cuidar do PT”. E o Brasil? Ora, o Brasil! O Brasil, àquelas alturas, já era tratado como uma colônia pela corte petista instalada em Brasília.
COLONIALISMO
A atitude colonialista se expressa em diversos aspectos do cotidiano nacional. Há um colonialismo com reflexos na produção cultural e na cultura, pois uma mão lava a outra no acesso aos benefícios e estímulos financeiros proporcionados pela corte. A invasão do politicamente correto produziu efeito deletério na indiada que antes vivia numa sociedade livre, impondo autocensura à liberdade de expressão.
O sistema público de ensino foi domesticado para só ministrar o que a corte de Brasília deseja ver ensinado através de seus trabalhadores em Educação. Em nenhuma hipótese tais conteúdos podem divergir da orientação imposta pelo colonialismo petista. Não convém à corte que seus súditos tenham armas para defesa pessoal. Por isso, inúmeras e onerosas dificuldades lhes são impostas para tal posse.
No mesmo sentido, o colonialismo, de modo crescente, reduziu a autonomia dos entes federados – estados e municípios – em favor da centralização e consolidação de seu projeto de poder. Vai-se a Federação para o brejo.
MONOPÓLIO PARTIDÁRIO
A exemplo do velho colonialismo europeu, a corte transformou em monopólio partidário a parcela mais rentável dos negócios de Estado, e neles atua, simultaneamente, como contratante e intermediária. Por óbvio, tudo fica mais oneroso ao súdito, pagador de impostos e consumidor dos serviços prestados pela corte.
Portanto, laços fora, brasileiros! As cortes de Brasília querem, mesmo, escravizar o Brasil.

06 de abril de 2016
Percival Puggina

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