"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

CÂMARA VAI RECORRER E EMBROMAR A DECISÃO DE MARCO AURÉLIO



No “Roda-Viva”, Marco Aurélio se mostrou um ministro caricato
















O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), disse que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, determinando que a Câmara dê início ao processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer (PMDB) é “absurda”, “teratológica” e “invade a competência” do Congresso.
Ele prometeu recorrer já nesta quarta-feira (6) ao Supremo e apresentar “todos os recursos possíveis”. Enquanto recorre, ele diz que vai pedir aos partidos que façam indicações para uma possível comissão especial para discutir o recebimento ou não da denúncia.
Para o ministro do Supremo, Cunha não “respeitou o figurino legal” ao rejeitar o pedido de afastamento de Temer, já que, no seu entendimento, caberia a uma comissão especial da Câmara fazê-lo.
“Primeiro, vamos entrar com todos os recursos possíveis. Segundo, vamos consultar a CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] sobre a forma de cumprimento. A terceira decisão é que vamos oficiar os partidos para que eles façam as suas indicações para essa comissão especial”, disse Cunha.
APENAS INSTALAÇÃO
O presidente da Câmara disse, contudo, que não estava “criando” a comissão.
“Está determinada a instalação, e não a criação. Eu vou instalar se tiver número para isso. Eu vou pedir nomes para a instalação e vou, concomitantemente, consultar a forma à CCJ”, disse, após reunião com líderes dos partidos.
Segundo ele, não lhe parece que haja vontade entre os líderes de indicar nomes. “Já me manifestou a maioria do colegiado [a vontade] de não fazer. Certamente não tem condição nenhuma de ser instalada a comissão na medida em que não vai haver número de membros suficientes para se promover uma eleição.”
DEPENDE DO SUPREMO…
Ele disse, contudo, que se o plenário do STF mantiver a decisão de Marco Aurélio Mello, “será [de] cumprimento imediato”.
Cunha fez a ressalva, porém, que “fazer valer a decisão” do ministro do Supremo significaria que os 39 pedidos de impeachment da presidente da República que foram rejeitados “teriam que ter comissão especial e teriam que ser instalados”.
“Oito pendentes, que ainda não foram decididos, teriam que ser instalados também. Ou seja, vamos passar a fazer na Câmara dos Deputados apenas votação de impeachment todas as semanas.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Marco Aurélio Mello vai encerrando sua carreira no Supremo de forma melancólica e tenebrosa. Pode ficar mais seis anos, mas sem ter a menor credibilidade. Deu vexame e passou vergonha no programa “Roda Viva”, nesta segunda-feira. Como diria meu grande amigo Saulo Ramos, é mais um ministro de merda. Sua decisão será revogada pelo plenário do Supremo, e Marco Aurélio estará humilhado. Enquanto isso não ocorre, a Câmara vai embromar, enrolar, retardar e jamais cumprirá a ridícula decisão dele. Cunha mandará instalar, mas jamais haverá quorum para criar a Comissão. Marco Aurélio, boquirroto, já disse que Cunha está obrigado a cumprir. Dá vontade de rir. Marco Aurélio quer mandar na Câmara. Está se comportando como um palhaço e os deputados vão rir dele. Como já dissemos aqui, fica parecendo que Marco Aurélio toma remédios tarja preta iguais aos da mulher sapiens. (C.N.)

06 de abril de 2016
Deu em Tempo

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