"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 23 de março de 2016

PORTO MARAVILHA E METRÔ SÃO FOCOS DE CORRUPÇÃO, DIZ LAVA JATO



Formação de quadrilha: Pezão, Pedro Paulo, Lula, Cabral e Paes


















Obras consideradas vitrines das administrações do prefeito Eduardo Paes e do governador Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, o Porto Maravilha e a linha 4 do Metrô, no Rio, foram citadas entre os projetos que tiveram pagamento de propina pela Odebrecht. 

O projeto de revitalização da região portuária da cidade foi relacionado pela Polícia Federal à entrega de R$ 1 milhão em dinheiro vivo, citados numa troca de e-mails entre executivos da Odebrecht, a destinatário identificado apenas pelo codinome de “Turquesa # 2”. 
A entrega teria ocorrido em 26 de novembro de 2014.
A solicitação partiu de Rodrigo Costa Melo para Antônio Pessoa de Souza Couto, ambos executivos da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Conforme as mensagens, o sinal verde para o pagamento foi dado pelo chefe daquela unidade de negócios do grupo, Paul Elie Altit.
Quem registrou a transação foi Maria Lúcia Tavares, a secretária que cuidava da contabilidade clandestina da Odebrecht e que se tornou delatora, segundo a Folha revelou em 8 de março.
CODINOMES
No relatório da Polícia Federal, os investigadores interpretam que o conjunto de e-mails citando o Porto de Maravilha é uma das centenas de evidências, obtidas nas apreensões e com a ajuda da secretária-delatora, do funcionamento de “um sistema institucionalizado e profissionalizado, com observância à hierarquia empresarial, e que admitidamente assume contornos sub-reptícios ao se valer de codinomes para preservar a identidade do destinatário” de propina paga pela Odebrecht.
Na linha 4 do Metrô, a propina de R$ 2,5 milhões foi paga, segundo a investigação, em cinco parcelas de R$ 500 mil entre setembro e novembro de 2014.
Segundo a PF, os pagamentos eram feitos por Álvaro José Galliez Novis, 51, preso nesta terça (22).
Chamado de “Paulistinha” ou “Carioquinha”, dependendo do Estado onde fosse cumprir a missão, ele é suspeito de repassar R$ 9,1 milhões em dois dias.
CORRUPÇÃO MARAVILHA
O chamado Porto Maravilha é a maior intervenção de reurbanização do Rio por causa dos Jogos Olímpicos. O projeto incluiu a construção de dois museus, abertura de ruas e túneis, tornando a orla do centro da um ponto de interesse de visitação para cariocas e turistas.
Mas o projeto-vitrine do prefeito já é alvo de suspeitas de corrupção. No ano passado, os donos da Carioca Engenharia, uma das empreiteiras do consórcio contratado para a obra junto com a OAS e a Odebrecht, fecharam um acordo de delação premiada com a Procuradoria.
Segundo os delatores da Carioca, entre junho e julho de 2011, as empreiteiras combinaram o pagamento de uma propina de R$ 52 milhões ao atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em troca da liberação de recursos do FI-FGTS (fundo de infraestrutura do FGTS). O fundo, financiado com dinheiro do fundo de garantia dos trabalhadores, aportou R$ 3,5 bilhões nas obras do projeto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O projeto criado por Eduardo Paes. Sérgio Cabral e Pezão, que era secretário estadual de Obras, é tocado pela concessionária Porto Novo, sociedade entre Carioca Engenharia, Odebrecht Infraestrutura e OAS, todas três já em delação premiada na Lava Jato. O trio formado por Cabral, Paes e Pezão será inevitavelmente envolvido, porque eles são os cabeças da corrupção(C.N.)
23 de março de 2016
Graciliano Rocha e Bela Megale
Folha

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