"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 23 de março de 2016

IMPEACHMENT E PRISÃO DE LULA AMEAÇAM "INCENDIAR O BRASIL"



Líder do MTST diz que “não haverá um dia de paz no Brasil”













Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo, que congrega organizações ligadas aos movimentos sociais, Guilherme Boulos disse nesta terça-feira, 22, que se o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff for efetivado e for decretada a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil será “incendiado por greves, ocupações e mobilizações”. “Não haverá um dia de paz do Brasil”, disse.
“Podem querer derrubar o governo, podem prender arbitrariamente o Lula ou quem quer que seja, podem querer criminalizar os movimentos populares, mas achar que vão fazer isso e depois vai reinar o silêncio e a paz de cemitério é uma ilusão de quem não conhece a história de movimento popular neste País. Não será assim”, disse.
“Há setores do mercado que acham que vão tirar Dilma e vão fazer as “reformas estruturais” que se precisa para a sociedade brasileira. O escambau. Este País vai ser incendiado por greves, por ocupações, mobilizações, travamentos. Se forem até as últimas consequências nisso não vai haver um dia de paz no Brasil”, completou.
ENTREVISTA COLETIVA
As declarações foram feitas durante entrevista coletiva concedida por ele e outros coordenadores da Frente Povo Sem Medo, para anunciar atos marcados para esta quinta-feira em diversas cidades brasileiras “em defesa da democracia e de uma saída pela esquerda”. A mobilização conta com apoio de artistas, juristas, economistas e intelectuais.
Em São Paulo, os organizadores esperam reunir 50 mil pessoas no Largo da Batata, na zona oeste da capital, a partir das 17 horas. Os manifestantes marcharão cerca de seis quilômetros até a sede da Rede Globo, na zona sul da cidade. No Rio de Janeiro serão realizados dois atos, um pela manhã na Praia Vermelha e outro, à tarde, na Cinelândia. Na capital federal a concentração será em frente ao Brasília Shopping a partir das 16 horas. Estão confirmadas manifestações também em Curitiba, Fortaleza, Recife e Uberlândia.
POSIÇÕES DE ESQUERDA
Segundo Boulos, as mobilizações têm objetivo de marcar posição de entidades de esquerda, ligadas aos movimentos populares, que são críticas ao governo federal mas a favor da legalidade das ações das polícias, Ministério Público e Justiça.
“O espírito dessa mobilização é dizer que estamos extremamente preocupados com esta ofensiva antidemocrática e golpista no Brasil, mas que ao mesmo tempo não nos identificamos com a política deste governo. Entendemos que as políticas assumidas pelo governo Dilma são indefensáveis. Defender a democracia não significa defender este governo”, disse.
MORO E TV GLOBO
Além dos questionamentos em relação ao governo, o manifesto de convocação dos atos faz duras críticas à atuação do juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações em primeira instância da operação Lava Jato – que tem como pano de fundo a condução coercitiva e eminência da prisão de Lula – e da mídia.
“Não é de hoje que o Estado brasileiro é seletivo. A adoção da Justiça de exceção é regra desde sempre nas periferias urbanas, contra pobres e negros. Direito de defesa aqui nunca existiu”, diz o texto. Segundo Boulos, a TV Globo foi escolhida como alvo por ser é um símbolo da ação das “forças conservadoras e golpistas”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Criado à imagem e semelhança do MST de João Pedro Stédile, o MTST é um braço do PCdoB que atua nas grandes cidades, fazendo ocupações de imóveis. As bravatas de Boulos, que demagogicamente ganhou de presente uma coluna na Folha de S. Paulo, são uma ameaça concreta à democracia. Se o PT der força a esse irresponsável, a coisa vai ficar feia e as Forças Armadas terão de intervir, porque existem e são pagas para esse tipo de missão, seja interna ou externa. Como dizia Ibrahim Sued, olho vivo, porque cavalo não desce escada.
23 de março de 2016
Valmar Hupsel FilhoEstadão

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