"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

UMA SEMANA EM QUE O MUNDO PARA


       


De sexta-feira até domingo as seleções que disputarão a Copa fizeram amistosos em várias partes do mundo. Raramente jogadores se empenham muito em partidas não oficiais e quando se trata de véspera de um Mundial, aí que têm mais cautela ainda. Principalmente com tantos cortes de última hora que estamos assistindo. Partidas que não servem para nenhuma conclusão em relação aos enfrentamentos oficiais.


Por exemplo, a França goleou a Jamaica ontem por 8 a 0; os reservas da Itália golearam o Fluminense em Volta Redonda, numa chuva de gols em ritmo de treino; Portugal sem Cristiano Ronaldo venceu o México por 1 a 0, com muita dificuldade, mas e daí?


Na história das Copas, de 1950 para cá as seleções apontadas como favoritas eram sempre as mesmas: Brasil, Argentina, Alemanha e Itália. Em 1998 a França entrou neste seleto grupo e em 2010 a Espanha. Dessas, só a francesa não chega entre as favoritas, mas corre por fora, junto com a Holanda.


Também em todo mundial a imprensa aponta a provável “surpresa”. Em 2006 vi companheiros apostando que a República Tcheca seria a grande novidade, com chances reais de chegar à final. Saiu na primeira fase.


Bola da vez. Este ano a bola da vez é a Bélgica. Tem gente boa demais apostando nela. Veremos até onde irá. Há quem diga que a Inglaterra e Portugal podem ir longe. Pela ordem, acredito que o campeão sairá de Brasil, Argentina, Alemanha, Espanha ou Itália. Entendo que os argentinos vêm com vontade especial, por razões óbvias, além dos excelentes jogadores.


Virtudes, defeitos. Brasil e Alemanha são as seleções cujos críticos enxergam menos pontos fracos. Da Argentina fala-se que a defesa é fraca e continua sem um goleiro à altura. O técnico Sabella também achava isso, tanto que vem fazendo muitos testes e há cinco jogos o time não toma gols. Da Espanha diz-se que o time “envelheceu” e não traz mais surpresas.


Do jeito dela. A Itália é a incógnita de sempre, vem indefinida, desacreditada, mas acaba chegando. Em 1982 eliminou a seleção apontada como campeã desde os primeiros jogos; o inesquecível time de Zico e Cia. comandado por Telê Santana; em 2006 foi campeã em cima da favorita França, de Zidane.


Chances perdidas. Seria ótimo ver mais uma seleção entre essas campeãs mais de uma vez e sempre apontadas como favoritas. A Holanda chegou a três finais, em duas, com times superiores aos adversários, e perdeu, em 1974 para a Alemanha e 1978 para a Argentina. Em 2010 havia equilíbrio com a Espanha e desperdiçou. Mas, o atual time não dá boas expectativas.


11 de  junho de 2014
Chico Maia
O Tempo

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