A informação é que a cúpula do BB não aguenta mais os eternos prejuízos do BV.
Ora, contem outra, pois já associaram-se ao Banco Votorantim sabendo que se tratava de um banco quebrado.
O que está por trás dessa operação misteriosa logo se saberá, mas o BB dizer que está descontente com as “decisões equivocadas” do BV não reflete a realidade.
Em 27/02/2013 esta Tribuna informou que BB e BV estavam lançando em fundo imobiliário em comum e no portfólio do produto financeiro registrado na Bovespa ainda constava que BB e BV formavam uma bonita parceria estratégica.
A parceria avançou e muito, pois o fundo imobiliário tem comprado imóveis que são ou serão locados ao BB, inclusive tem comprado imóveis que já eram de propriedade do BB, até mesmo edifícios inteiros.
Ou seja, de devedor o BV passou a ser, através do mencionado fundo de investimento, coproprietário de edifícios e agências do BB. Os dois bancos constituíram, inclusive, uma nova empresa, a Patrimonial Fundo de Investimento Imobiliário, administrada, por incrível que pareça, pela Votorantim Asset Management DTVM.
Para quem estava falido, nada mal… Portando, BB e BV estão, cada vez mais, juntos e misturados.
MAS POR QUÊ?
Outra parte misteriosa da estória é a vontade de André Esteves em adquirir o BV. O grande investidor já é sócio da Caixa Econômica Federal, através do Banco Pan, extinto Banco
PanAmericano do apresentador Silvio Santos, que também ganhou uns bilhões no “Bolsa-Banqueiro” do governo petista e passou o mico pra frente. André Esteves interessou-se em comprar o banco falido, associando-se à CEF, claro.
Diz a mídia corporativa que o BTG de André Esteves vem reorganizando o Banco Pan, “com mais dificuldade do que esperava no início”.
Descontente com os dissabores encontrados na parceria com a CEF, André Esteves quer “sofrer” também com as dificuldades do Banco Votorantim, associando-se ao BB, claro. Quer ser “parceiro estratégico” de dois gigantes estatais do mercado financeiro em empreendimentos problemáticos e deficitários, mas que já levaram alguns bilhões do governo para seus ex-proprietários.
Ironia das ironias, onde André Esteves perdeu dinheiro foi com a EBX de Eike Batista, ou seja, com a iniciativa privada. Certeza de lucro mesmo, nossa burguesia só tem é com o Estado.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O Banco Votorantim foi avalista de uma mega operação de Eike Batista junto ao BNDES. Ou seja, está tecnicamente quebrado, de novo. (C.N.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário